Assista ao vivo: canoagem velocidade nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020
São sete brasileiros que vão competir na segunda edição da canoagem nos Jogos Paralímpicos. Luis Carlos Cardoso, nas classes KL1 e VL2, Caio Ribeiro de Carvalho, na KL3 e VL3, Fernando Rufino de Paulo, KL2 e VL2, Giovane Vieira de Paula, KL3 e VL3, Debora Raiza Ribeiro Benevides, VL2, Mari Christina Santilli, KL3, e Adriana Gomes de Azevedo, KL1. Após a estreia na Rio-2016 com a modalidade KL (caiaque), Tóquio-2020 vai receber pela primeira vez a VL (canoa havaiana). Todas na distância de 200 metros, tanto no masculino quanto no feminino.
O maior destaque é Luis Carlos Cardoso, campeão mundial em 2014, 2015, 2017 e 2019 e vice em 2018 na canoa. Ganhou também a Copa do Mundo de 2016 e foi vice em 2018. No caiaque, foi quarto colocado na Rio-2016 e campeão mundial em 2015 e bronze em 2016, 2017, 2018 e 2019. Em Copas do Mundo, foi bronze em 2016, prata em 2018, campeão em 2019 e bronze em 2021. No continente, foi campeão do Sul-Americano de 2017 e do Pan-Americano no ano seguinte, sempre no caiaque. Em 2019, recebeu o troféu de melhor atleta da paracanoagem brasileira, prêmio entregue pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).
Caio Ribeiro de Carvalho, do Time Nissan, é outro grande nome, o único com medalha na canoagem em Jogos Paralímpicos. Conquistou o bronze em 2016. A medalha veio na raça, pois ele competia melhor na canoa, modalidade que fora campeão mundial em 2013 e em 2015, mas ela não entrou no programa da Rio. Ainda na canoa, foi vice-campeão mundial em 2017, 2018 e 2019. Em Copas do Mundo, tem um vice em 2019. Já no caiaque, além do bronze nos Jogos de 2016, foi bronze no Mundial de 2015, prata em 2017 e 2018 e bronze em 2019. Em Copas do Mundo, tem uma prata em 2018. Foi, ainda, campeão sul-americano em 2017.
O masculino tem também Fernando Rufino de Paulo, o cowboy de aço de Itaquiraí, campeão na canoa e no caiaque da Copa do Mundo de 2021. No caiaque foi o sexto colocado nos Mundiais de 2019 e 2018, terceiro em 2015 vice-campeão em 2014. Foi campeão do Sul-Americano em 2017 e repetiu a dose no ano seguinte no caiaque e na canoa do Pan-Americano. Giovane Vieira de Paula é o outro brasileiro classificado para a canoagem dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Ouro no Sul-Americano de 2018 e no Pan-Americano do ano anterior.
No feminino, Debora Raiza Ribeiro Benevides é quem tem resultados recentes mais expressivos. Foi quarta colocada no Mundial de 2019 e vice campeã na Copa do Mundo da Hungria este ano, os dois na canoa. Antes, foi bicampeã sul-americana no caiaque em 2017 e 2018 e campeã na canoa em 2018. Tem três pódios em Mundiais, sempre na canoa, bronze em 2015 e prata em 2016 e 2017. Mari Christina Santilli tem um quarto lugar no Mundial de 2018, em 2021 ficou na sétima colocação da Copa do Mundo e é campeã Pan-americana, tudo na canoa. Além delas, Adriana Gomes de Azevedo foi sétima no caiaque da Copa do Mundo este ano e vice-campeã sul-americana em 2017.
Na canoa paralímpica, atletas com deficiências no tronco ou na parte inferior do corpo competem em um sprint individual de 200 metros de um percurso em linha reta. É permitido modificar o assento e o interior da cabine, bem como usar dispositivos, como cinto, por exemplo, para manter a postura e garantir estabilidade e segurança dentro do barco. A modalidade KL1 usa somente os braços na remada. As KL2 e VL2 usam braços e tronco e a KL3 e VL3 usam braços, tronco e pernas. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio as provas são KL1 200m, KL2 200m, KL3 200m e VL2 200m no masculino e feminino, e VL3 200m apenas no masculino.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
O caiaque tem 5,2 metros de cumprimento, largura mínima de 50 centímetros e não pode pesar menos do que 12 quilos. Os remos têm cerca de dois metros e duas lâminas, com os atletas alternado o lado do barco a cada remada. A canoa é mais comprida, com até 7,3 metros e com peso mínimo de 13 quilos, e tem um estabilizador, ou flutuador, acoplado. Os remos têm lâmina apenas de um lado e a propulsão é feita por um lado do barco. A chamada va’a têm origem nos habitantes das ilhas do Pacífico, mas seu uso no esporte é recente.