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Talisson Glock é bronze nos 100 m S6 e fatura sua 2ª medalha na Paralimpíada

Depois de ganhar o bronze no revezamento 4×50 m livre misto 20 pontos, Talisson Glock ficou em terceiro nos 50 m S6 nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020

Talisson Glock
Alê Cabral/CPB

A noite que marca a despedida de Daniel Dias dos Jogos Paralímpicos foi aberta com medalha de bronze conquistada por Talisson Glock nos 100 m S6. Com 1min05s45, ele ficou atrás apenas do italiano Antonio Fantin, que quebrou o recorde mundial com a marca de 1min03s71 e do colombiano Nelson Corzo, que fez 1min04s82. “Eu cheguei aqui nadando essa prova para 1min07s, então eu tive uma melhora muito boa! Estou muito feliz porque eu precisava muito dessa medalha”, afirmou o medalhista.

Ale Cabral/CPB

Foi a segunda medalha de Talisson Glock nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. Ele fechou o revezamento 4×50 m misto 20 pontos que ganhou a medalha de bronze deixando para trás a Ucrânia por apenas 0s07. Nesta quinta, ele nada os 400 m livre S6, sua principal prova.

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“Eu estou muito satisfeito até agora com meus resultados. A gente está sendo muito atrapalhado desde que chegou neste lugar. A gente ficou seis dias sem poder treinar devido à situação lá do Covid, que aconteceu (em Hamamatsu). Eu nado muitas provas, vão ser oito ao todo, então eu já estou sentindo um pouco, mas a prova de hoje veio mostrar que estou bem e que vou voltar amanhã (quinta) confiante. Tenho certeza de que está sendo uma campanha muito melhor do que a Rio-2016. Estou muito mais maduro, muito mais saudável. Isso é o mais importante”.

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Com as duas medalhas conquistadas em Tóquio, Talisson Glock chega a quatro pódios paralímpicos na carreira. Na Rio-2016, ele foi prata no revezamento 4×50 m livre 20 pontos e bronze nos 200 m medley SM6. Nos Jogos do Japão, ele já nadou quatro das oito provas em que foi inscrito. Além dos dois terceiros lugares, ele ficou em sexto nos 200 m medley SM6 e quarto no revezamento 4×100 m livre 34 pontos. Para completar sua participação, faltam ainda os 400 m livre, os 100 m costas e os 50 m borboleta.

“Eu pretendo medalhar amanhã (nos 400 m livre), pretendo pegar pódio, não sei em qual colocação. Acredito que o italiano (Antonio Fantin) está na frente disparado, mas eu pretendo medalhar. É a prova que eu mais venho treinando. Eu não tenho muita expectativa no costas, que era a minha principal prova antigamente, mas eu perdi muito meu estilo depois que comecei a fazer esse treino pros 400 m. Então, como é a pior que eu estou nadando, eu vim mais para cumprir, para tirar esse lazer… Então, meu foco está mais nos 400 m mesmo”, garantiu.

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Depois da prova, Talisson Glock se emocionou ao falar da despedida de Daniel Dias, considerado um ídolo e uma inspiração para ele. “O Daniel para mim é uma pessoa muito especial, tanto fora da piscina quanto dentro. Ele é um ser humano incrível. Ele me ajuda muito e, para mim, é uma honra muito grande estar fazendo parte deste momento junto com ele! Seja no momento da gente jantar junto ou vendo ele nadar aqui. Para mim, é muito da hora”, disse o atleta com a voz bastante embargada.

O atleta

Talisson Glock foi atropelado aos 9 anos por um trem e perdeu o braço e a perna esquerdos. Seis meses depois, foi convidado para participar do Centro Esportivo para Pessoas Especiais (CEPE). Em 2004, passou a se dedicar aos treinos de natação. Em 2008, competiu em alguns torneios e, em 2010, foi chamado para integrar a Seleção Brasileira de natação.

Conquistas antes de Tóquio-2020

Ouro no revezamento 4x100m, prata nos 100m costas e nos 200m medley, bronze nos 50m livre e nos 100m livre nos Jogos Parapan- Americanos Lima 2019; ouro nos 100m costas, prata nos 50m borboleta e bronze nos 200m medley no Mundial do México, em 2017; prata no revezamento 4x50m livre e bronze nos 200m medley nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro nos 100m costas, prata nos 400m livre, prata nos 50m borboleta, bronze nos 50m e 100m livres nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; prata nos 100m costas e 200m medley no Mundial de Glasgow em 2015; prata nos 100m livre e 200m medley no Mundial de Montreal em 2013; ouro nos 100m costas nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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