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Bronze de Jardênia Félix salva dia marcado pelo fracasso nos 100 m T11

Depois do fracasso na final dos 100 m rasos T11 feminino, Jardênia Félix salvou o dia do atletismo brasileiro ao faturar o bronze nos 400 m T20

Jardenia Felix 400 m T20 Jogos Paralímpicos Tóquio 2020
Miriam Jeske/CPB

Apesar da tristeza pela desclassificação de Jerusa Geber e Thalita Simplício, que eram candidatíssimas à medalha, nos 100 m rasos feminino T11, a recompensa foi o bronze conquistado por Jardênia Felix, de apenas 17 anos, nos 400 m T20. A brasileira não estava entre as favoritas, mas fez a sua melhor marca pessoal e chegou em terceiro lugar, atrás apenas de Breanna Clark, dos Estados Unidos, que quebrou o recorde mundial, e da ucraniana Yulia Shuliar.

“Eu salvei o dia do atletismo! E olha que eu sou a mais nova da delegação brasileira”, disse Jardênia Félix, gargalhando e impaciente tamanha felicidade. Seu tempo da semifinal era o quarto melhor entre as finalistas.

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A melhor marca da carreira de Jardênia Félix era 58s19, mas ela melhorou o resultado em 0s76, para cravar 57s43 e superar a portuguesa Carina Paim, que era mais cotada ao pódio do que a brasileira. “Sim, foi uma surpresa, eu não esperava. Mas nos últimos 30 metros, eu vi que ninguém ia passar, daí já comecei a dar risada e comemorar”, completou.

Na disputa pelo ouro, Breanna Clark não deu chances à ninguém e melhorou o recorde mundial, que já pertencia a ela, em 0s81 ao vencer a prova com 55s18, um segundo na frente de Yulia Shuliar.

Além de curtir muito a medalha de bronze, Jardênia só pensa em competir cada vez mais. Até 2016, ela competia no atletismo convencional. Mas em 2017, a atletas migrou para o paradesporto e, em sua primeira edição de Jogos Paralímpicos, já conquistou uma medalha.

100 m T11

O Brasil chegou à final dos 100 m rasos feminino T11 (deficientes visuais) com duas atletas entre as quatro finalistas, mas ambas foram desclassificadas. Recordista mundial, Jerusa Geber era grande a favorita, mas, pouco depois da largada, viu a cordinha que a conecta ao guia Gabriel Garcia se romper e não pôde seguir na disputa. Já Thalita Simplício, que já tinha sido prata nos 400 m T11, seguiu firme até o fim e cruzou em terceiro lugar, mas perdeu o bronze porque também foi eliminada após a ligação dela com o guia Felipe Veloso escapar também. Com tudo isso, a venezuelana Linda Patricia Lopez levou o ouro, enquanto a chinesa Liu Cuiqing ficou com a prata.

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Jerusa Geber e Thalita Simplício 100 m T11 Jogos Paralímpicos
Cordinha que liga Jerusa ao guia se rompeu logo depois da largada (Wander Roberto/CPB)

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Jerusa Geber ainda vai ter uma chance de se recuperar do fracasso desta terça, já que ela vai disputar os 200 m, prova que ela foi bronze em Pequim-2008. Além desta medalha, ela foi prata nos 100 m em Londres-2012 nos 100 m T11. Já Thalita Simplício, que foi prata nos 400 m em Tóquio e no revezamento 4×100 m T11-13 na Rio-2016, se despede dos Jogos na capital japonesa.

Salto em altura T63

Na final do salto em altura T63, Flávio Reitz fez sua melhor marca na temporada ao passar do sarrafo em 1,77 m, mas ficou apenas em sexto lugar. O campeão foi o americano Sam Grewe, que alcançou 1,88 m. Os indianos Mariyappan Thangavelu (1,86 m) e Sharad Kumar (1,83 m) completaram o pódio.

Flávio Reitz jogos paralímpicos de tóquio atletismo
No Estádio Olímpico de Tóquio, Flávio Reitz se contorce todo para passar o sarrafo(Fotos Wander Roberto /CPB @wander_imagem)

100 m T13

Nos 100 m T13 feminino, Rayane Soares da Silva ficou na oitava e última colocação da final com a marca de 12s52. A medalha de ouro foi para a espanhola Adiaratou Forneiro, que completou a prova em 11s96, apenas três centésimos a frente de Lamiya Valiyeva, do Azerbaijão, que ficou com a prata. A americana Kim Crosby com 12s08 foi bronze.

Rayane Soares da Silva jogos paralímpicos de tóquio atletismo
Rayane Soares da Silva na linha de chegada (Fotos Wander Roberto /CPB @wander_imagem)

1500 m T53/T54

Vanessa Cristina de Souza ficou na oitava colocação, entre dez participantes, nos 1500 m T53/54. A brasileira completou o trajeto em 3min30s55, enquanto a chinesa Zhaoqian Zhou fez 3min27s63 para conquistar a medalha de ouro. Com 3min28s01, Manuela Schaer, da Suíça, ficou com a prata e Madison Rozario, da Austrália, foi bronze com a marca de 3min28s24.

400 m T12

Fabrício Ferreira foi o último brasileiro a entrar em ação em mais um dia do atletismo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Nas eliminatórias, Fabrício fez o sétimo melhor tempo, mas não conseguiu se classificar para a disputa da medalha. Curioso é que com 52s42, ele fez seu melhor tempo na temporada e mesmo assim ficou distante da vaga na final.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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