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Paralimpíada Todo Dia

A união da natação e a representatividade de Maria Carol Santiago

Medalha de ouro em Tóquio, Maria Carol destaca importância da representatividade feminina e a força nordestina no esporte

Maria Carol Santiago - natação paralímpica - Tóquio 2020
Ale Cabral / CPB

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio têm sido considerados os Jogos da igualdade de gênero, uma bandeira que vem sendo cada vez mais priorizada no meio esportivo. Apesar de todas as dificuldades e obstáculos que ainda se fazem presentes, as mulheres têm se tornado cada vez mais protagonistas em várias áreas, assumindo espaços que antes não lhes eram permitidos. E no esporte, não é diferente. Depois de vê-las brilharem na Olimpíada, estamos vendo o mesmo acontecer na Paralimpíada. E uma delas é Maria Carol Santiago, medalhista de ouro na natação.

A medalha dourada de Maria Carol veio em um dia histórico, quando outras duas mulheres brasileiras também subiram ao posto mais alto do pódio: Alana Maldonado, no judô, e Mariana D’Andrea, no halterofilismo. E para a nadadora, que está em sua primeira Paralímpiada, essa representatividade é fundamental.

+Relembre o ouro de Maria Carol Santiago em Tóquio

“Eu vejo que o esporte paralímpico está crescendo bastante e as mulheres estão tendo um espaço também maior. Mas isso é resultado de um trabalho feito antes. Primeiro a comissão técnica sentou, analisou e viu o que a gente precisava para ter mais representatividade feminina. E esse trabalho é feito na base. Então você vê a mesma quantidade de meninos e meninas, de técnicos e técnicas… Então a gente está colhendo esses frutos hoje”, disse Maria Carol Santiago ao Olimpíada Todo Dia.

“Hoje eu estou abrindo um caminho junto com outras meninas e dizendo que é possível. Esse olhar para a mulher atleta precisa ser muito específico para suprir todas as necessidades, para que a gente possa ter toda condição de estar aqui conquistando um ouro. E isso aconteceu comigo. Todos que trabalharam comigo tiveram essa sensibilidade de tentar entender todo o universo feminino para me colocar aqui hoje”, completou.

União da natação

Maria Carol Santiago é medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio
O momento da consagração nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (Miriam Jeske/CPB)

Um movimento importante em prol das mulheres tem sido muito trabalhado especificamente na natação. Joanna Maranhão é uma das vozes mais importantes, trazendo a tona questões essencias para que as mulheres possam florecer no ambiente esportivo de maneira segura e com todos os direitos assegurados.

E nestes Jogos Paralímpicos de Tóquio, a pernambucana fez questão de assistir à medalha de Maria Carol Santiago, sua conterrânea, e postar vários vídeos com o filho exaltando a conquista dela. “A Joanna é uma referência para mim como atleta, com realização no esporte. Eu admiro muito todo o trabalho que ela fez. Me sinto honrada de ela ter postado stories falando sobre mim. E ela inclusive é de Pernambuco também, então antes de mim, ela já abriu caminhos para que a gente visse que podemos também. Então me sinto honrada e acho incrível o pessoal do olímpico estar acompanhando a gente e torcendo para gente. Acho que tem que ser assim mesmo”.

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O Nordeste, inclusive, que já é uma potência do esporte brasileiro. Depois de vermos as conquistas nordestinas na Olimpíada, o mesmo está acontecendo na Paralimpíada e, segundo Maria Carol Santiago, é fruto de um investimento feito na região.

“Pernambuco, que eu tenho mais conhecimento, tem investido muito no esporte. Eles estão querendo realmente que a gente consiga treinar em alto rendimento lá. Tem um centro novo lá, que é fantástico! E a primeira coisa que eu vou fazer é ir conhecer. E acho que no Nordeste a gente tem muita gente forte e vai aparecer muito mais atletas em âmbito nacional”, concluiu.

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