8 5
Siga o OTD

Paralimpíada Todo Dia

Claudiney Batista oferece ouro à filha que nasceu durante a pandemia

Bicampeão paralímpico do lançamento de disco F56, Claudiney Batista ofereceu o ouro à filha Nicole, nascida logo no começo da pandemia

Claudiney Batista medalha de ouro jogos paralímpicos lançamento de disco

Bicampeão paralímpico do lançamento de disco F56, Claudiney Batista dos Santos ofereceu a medalha de ouro conquistada em Tóquio à filha Nicole, de um ano e quadro meses, nascida logo no começo da pandemia. “Em meio à pandemia, veio essa coisinha maravilhosa que me alegrou e deu mais força para continuar o trabalho. Mesmo em casa, com todo o sacrifício, continuei o trabalho e pude recuperar o tempo perdido. O resultado é esse daí: bicampeão paralímpico”. Com um bom pai coruja, o atleta não esqueceu de homenagear também o filho mais velho. “O Adrian tem 19 anos, filho do meu primeiro casamento. Também dedico a ele todo esse esforço e essa medalha”.

Bicampeão paralímpico e atual campeão mundial, Claudiney Batista dos Santos tem 42 anos, mas aposentadoria é algo distante para o brasileiro. “Não penso em aposentar agora não porque eu tenho uma bebezinha. Então, aposentadoria agora, sem condições. Enquanto eu tiver competindo em alto nível, sou o primeiro do mundo, dá para aguentar mais uns aninhos”, afirmou o atleta, que promete começar em breve a preparação para o Mundial de 2022. “Quando eu não for mais o primeiro, tiver em terceiro, caindo para o quarto, eu penso em aposentadoria. Até lá, vou dar o máximo de mim, sempre”, promete.

Claudiney Batista dos Santos lançamento de disco Jogos Paralímpicos Tóquio 2020
Miriam Jeske/CPB

+ GUIA DOS JOGOS PARALÍMPICOS

A medalha conquistada na noite foi a terceira paralímpica da carreira de Claudiney Batista dos Santos. Além das duas de ouro no lançamento de disco, ele ganhou uma prata no lançamento de dardo em Londres-2012. Em 2019, ele ganhou o ouro que faltava em sua galeria e, depois da conquista inédita, começou a se preparar para Tóquio, mas a pandemia fez tudo parar.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK

“Depois do Mundial, já começamos um trabalho forte pensando nos Jogos de Tóquio. Voltamos de Doha (local do Mundial) em novembro e acho que em dezembro já estávamos treinando. As marcas vinham melhorando, estavam numa crescente, mas, infelizmente, veio a pandemia e tivemos que parar os treinamentos em São Paulo. As academias fecharam. A solução que eu tive foi voltar para a minha cidade, São José do Rio Preto. Adquiri alguns aparelhos de supino, algumas anilhas e fui treinar em casa. A parte técnica eu não podia fazer, mas, pelo menos, a parte física eu pude manter um pouco. Acabei sendo privlegiado porque fui para a minha cidade e pude treinar. Muitos não tiveram essa oportunidade”, acredita Claudiney Batista dos Santos, que, por conta da pandemia, teve a possibilidade de acompanhar de perto o nascimento de Nicole.

+ RECEBA NOTÍCIAS NO NOSSO CANAL NO TELEGRAM OU PARTICIPE DO NOSSO GRUPO DO WHATSAPP

“A filhinha veio num momento tão difícil. Então, eu pude acompanhar ela porque não podia sair para treinar. Então, eu pude estar junto, acompanhando tudo desde o nascimento até agora. Então isso foi a parte boa de toda aquela situação ruim da pandemia”, contou Claudiney Batista dos Santos.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

Mais em Paralimpíada Todo Dia