De Tóquio – Em 2015, Mariana D’Andrea andava tranquilamente na rua quando foi abordada por Valdecir Lopes, técnico de halterofilismo. Ele a convidou para praticar o esporte e, seis anos depois, a atleta, que tem apenas 23 anos, sagrou-se campeã paralímpica nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e já marcou seu nome no esporte brasileiro.
“Quero deixar registrado aqui, que se você tem sonho, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste”, disse a mais nova medalhista.
Com o ouro conquistado, que veio junto com o recorde das Américas (137 kg), Marina D’Andrea tornou-se a primeira brasileira a ganhar um medalha na modalidade, um marco histórico para o esporte brasileiro, ultrapassando a barreira entre paralímpicos e olímpicos.
“Sem dúvida é muito significativo. Mas eu venho treinando nesses cinco anos atrás desse objetivo e sabia que o meu sonho iria se realizar aqui.” Ainda vai demorar um tempo para cair a ficha de Mariana D’Andrea, mesmo porque tudo está acontecendo muito rápido para ela e muitas coisas ainda estão por vir.
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O céu é o limite
Da Rio-2016 para Tóquio 2020, que só tinha sido sua segunda grande competição internacional, sua evolução foi impressionante. Nos Jogos do Brasil, Mariana D’Andrea sequer conseguiu fazer um levantamento válido.
“Eu era muito nova, estava aprendendo na Rio-2016, só que tudo isso me deu mais força para seguir em frente e buscar minha evolução dentro do halterofilismo”, completou a campeã.
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E bota evolução. Desde sua estreia em Jogos Paralímpicos, Mariana D’Andrea competiu em 12 grandes eventos internacionais. Desses 12 eventos, ela só ficou de fora do pódio duas vezes, mas teve seis ouros, incluindo Tóquio 2020.
Se com apenas seis anos de haltorefilismo Mariana D’Andrea já chegou no ápice, imagina o quanto ela pode crescer dentro do esporte paralímpico. Sem falar que seu objetivo na prova em que ganhou ouro era um pouco ainda mais ousado. “Eu ia tentar até quebrar o recorde paralímpico, mas não deu tempo”, disse gargalhando.