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Revezamento é bronze e Gabriel Bandeira quebra o recorde mundial

Abrindo revezamento com tempo de recorde mundial, Gabriel Bandeira conquista o bronze ao lado de Ana Karolina Soares, Débora Carneiro e Felipe Vila Real

Gabriela Bandeira, Ana Karolina Soares, Débora Carneiro e Felipe Vila Real Revezamento 4 x 100 m misto S14 Jogos Paralímpicos Tóquio 2020
(Miriam Jeske/CPB)

Gabriel Bandeira conquistou sua terceira medalha nos Jogos Paralímpicos. Agora, ele tem uma de cada cor: ouro nos 100m borboleta, prata nos 200 m livre e o bronze no revezamento 4×100 m livre da classe S14, conquistado na manhã deste sábado. De quebra, o grande destaque da natação brasileira na competição quebrou o recorde mundial ao abrir a disputa. Ele completou os 100 m em 51s11, superando em 0s41 a marca do britânico Reece Dunn, conseguida em 2019.

“Não caiu a ficha ainda não de ser recordista mundial!. A prova foi muito boa. Os últimos metros ali doeram mais do que os 200 m livre, que já tinha doído demais, mas foi bom que todo mundo deu o melhor e o resultado veio”, comemorou Bandeira, que projeta ganhar mais três medalhas em Tóquio: nos 100 m costas, 100 m peito e 200 m medley. “Quero voltar para casa com seis medalhas”, projeta.

Gabriel Bandeira recorde mundial 100 m livre S14 revezamento 4 x 100 m livre S14 medalha de bronze
(Miriam Jeske/CPB)

Apesar do recorde mundial quebrado por Gabriel Bandeira, a medalha de bronze demorou para ser comemorada. Felipe Vila Real, que fechou o revezamento, bateu em quarto lugar com a marca de 3m51s23, mas o placar eletrônico estranhamente apontou empate com a Rússia, que chegou claramente na frente. Desconfiado, o atleta ficou atento ao resultado, que logo foi trocado para o quarto lugar para os brasileiros, mas poucos minutos depois mudou de novo para o terceiro lugar com a oficialização da desclassificação dos russos.

“Quando eu fechei o revezamento, eu olhei e vi que primeiro deu terceiro. Aí veio a análise do tempo, mudou para quarto, mas ainda ficou em análise. Como eles demoraram muito, eu achei que tinha alguma coisa ali e fiquei na expectativa. Eu já estava feliz de ter nadado e aí veio a terceira colocação… Foi incrível! Mas até chegar o nosso resultado, quase botei tudo para fora”, se diverte Felipe Vila Real.

“No meu caso, eu estava me trocando e quando eu virei para atrás, os meninos falaram: ‘deu DSQ (desclassificação), a gente pegou terceiro’ e eu fiquei sem acreditar”, contou Ana Karolina Soares, que foi a segunda a nadar no revezamento, entrando na piscina depois de Gabriel Bandeira. “Foi muito engraçado porque elas não tinham visto e eu avisei. Aí todo mundo começou a gritar e a comemorar”, completa Felipe Vila Real.

Com exceção de Gabriel Bandeira, que ganhou sua terceira medalha nos Jogos, todos os outros três experimentaram pela primeira vez o sabor de subir no pódio paralímpico. “É a segunda vez que participo dos Jogos, só que é a minha primeira medalha. Não sei nem o que falar, ainda mais por que foi em equipe. Aqui é uma família, então, está sendo uma coisa única e eu vou poder contar isso para os meus netos. É uma coisa que eu não sei explicar a emoção”, comemorou Felipe Vila Real. “É uma coisa sonhada por todo atleta e eu nem estou acreditando que eu estou com essa medalha”, exaltou Ana Karolina Soares. “Para mim, tem um sabor gratificante. Eu não pude ir para os Jogos do Rio porque eu sofri um acidente grave na época. Eu lutei cinco anos para estar aqui. Então, o gosto da medalha não tem explicação”, completou Débora Carneiro.

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Phelipe Rodrigues fica no quase

O bloco de decisões começou com Phelipe Rodrigues na água, pela final dos 100 m livre da classe S10. O nadador começou com um ritmo bastante forte, mas acabou não conseguindo manter a intensidade até o final e fechou a prova na quarta colocação, com o tempo de 52.04, apenas 1.40 abaixo do pódio.

Gabriel Bandeira
Phelipe Rodrigues ficou muito próximo de sua segunda medalha em Tóquio (Miriam Jeske/CPB)

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“Eu espera fazer isso mesmo. Essa era uma prova que eu não vinha treinando. A estratégia era fazer uma passagem forte e ver o que dá no final, masa acabei cansando no final. Estou muito mais preparado para os 50m, o 100m exige mais do físico e acabei fazendo o que dava”, avaliou o nadador.

Outras finais

Pouco tempo depois foi a vez de Susana Schnarndorf representar o Brasil nas piscinas japonesas pela disputa do 150 m Medley, da classe SM4. Atleta do Time Nissan, a nadadora acabou ficando na oitava colocação, com o tempo de 3m11s54.

Tóquio
Atleta do time Nissan, Susana Schnarndorf fecha prova em oitavo (Miriam Jeske/CPB)

Hoje não encaixou. Fui bem de manhã e estava bem no aquecimento, mas não sei bem o que aconteceu. Não sei se o foi nervosismo. É difícil explicar para alguém que não nada, mas parecia que eu não estava conseguindo pegar a água”, avaliou a competidora.

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Outro finalista deste sábado (28), Roberto Alcalde conquistou a sétima colocação na disputa da final do 100 m peito masculino da classe SB5 ao fechar a prova com o tempo de 1m36s75.

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