“Só não vou sair tirando a camiseta para todo mundo porque não pode!”, esse é o espírito de Cátia Oliveira, mais nova medalhista de bronze no tênis de mesa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. A atleta é uma das que deixa a emoção mais transparecer durante as partidas e até usa isso ao seu favor.
“Eu vim do futebol, então imagina, né. Você faz um futebol e vai para torcida, tira a camiseta e tal”, disse Cátia Oliveira. Inclusive, esse furacão de emoções até foi empecilho no começo da atleta no esporte paralímpico. “Quando eu comecei no tênis de mesa, eu tive que fazer um trabalho com a minha psicóloga.”
Em sua segunda edição de Jogos Paralímpicos, a mesatenista alcançou seu melhor resultado, um bronze na classe 1-2, isso após um nono lugar na Rio-2016 e com apenas oito anos dentro do tênis de mesa paralímpico. “Eu trabalhei para obter o melhor resultado, e curtir muito aqui, porque a medalha vem como sequência. Estou muito feliz mesmo, estou levando o bronze para casa.”
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Pura emoção!
O tênis de mesa tem seus momentos de euforia e vibração, que costumam ser entre os pontos, bem pontuais, mas que em nada não se compara com o futebol, onde Cátia Oliveira começou. “Aqui não tem isso, você faz um ponto e tem que focar no próximo ponto, tem que se controlar, buscar um equilíbrio”, completou.
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Mas mesmo durante os pontos, a atleta deixa transparecer sua emoções, seja mordendo a língua, seja reclamando, resmungando ou até falando com si mesma.
Meu jeito, minha vida. Cátia Oliveira faz um trabalho constante para controlar suas emoções, mas tem consciência que negar seus sentimentos não lhe faz bem. “Quando eu não vibro muito é quando eu não estou muito focada e isso é até perigoso. Mas eu gosto muito de vibrar, isso eleva meu jogo.”
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Para o próximo ciclo de Paris-2024, a mesatenista seguirá no limite das suas emoções, mas sempre evoluindo tecnicamente. “Vocês vão me ver gritando em quadra por muito tempo ainda”, finalizou.