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Petrúcio Ferreira bate recorde paralímpico e é bicampeão dos 100 m T47

Com direito a dobradinha do Brasil no pódio, Petrúcio Ferreira quebrou o recorde paralímpico e conquistou o bicampeonato dos 100 m T47

Petrúcio Ferreira medalha de ouro jogos paralímpicos tóquio-2020
Wander Roberto/CPB

O paralímpico mais rápido do mundo fez história nos Jogos de Tóquio. Petrúcio Ferreira bateu o recorde mundial, que já era dele, e conquistou o bicampeonato dos 100 m rasos T47. A festa foi ainda maior porque o atleta do Time Nissan não foi o único brasileiro no pódio. O paraibano de São José do Brejo da Cruz teve a companhia de Washington Júnior, que terminou a prova na terceira colocação e faturou a medalha de bronze.

“Estou muito feliz mesmo. É uma emoção difícil de descrever porque estou na minha segunda Paralimpíada e já estou me tornando bicampeão paralímpico. Estou muito feliz também porque acabei tendo um susto uma semana antes também: tive uma lesão grau dois no posterior da coxa, mas eu foquei na minha recuperação, que eu ia passar por esse momento e me recuperar a tempo de vir para a pista e dar meu melhor”, revelou o atleta.

Petrúcio Ferreira medalha de ouro Washington Júnior bronze 100 m T47
Wander Roberto/CPB

Mesmo machucado, Petrúcio Ferreira fez o tempo de 10s53 e quebrou o recorde paralímpico. A marca foi 0s12 acima do recorde mundial, que também pertence ao brasileiro, mas não o agradou 100%. “Eu vim para cá com objetivos maiores, buscar melhorar minhas marcas como sempre faço, mas houve esse empecilho e eu não consegui fazer um bom resultado, mas estou muito feliz de sair daqui bicampeão paralímpico”.

+GUIA DOS JOGOS PARALÍMPICOS

Sim! Você leu certo! Apesar de ter ganho a medalha de ouro e feito o recorde paralímpico, ele não considerou bom o resultado, tamanha era a vontade dele de bater o recorde mundial. “Acabou sendo uma quebra de recorde paralímpico, que também era meu. Era 10s57 e eu corri 10s53, mas o que eu queria mesmo era baixar do 10s42, mas estou feliz de levar essa medalha para casa, para o meu Brasil, para o meu Nordeste e para a minha família”, explicou.

Medalha de bronze, Washington Júnior chegou a liderar a prova até mais ou menos a metade, quando ele foi superado por Petrúcio Ferreira. A prata lhe escapou nos metros finais, momento em que Michal Darus assumiu a segunda colocação e não largou mais. Com a marca de 10s61, 0s08 a frente do brasileiro, o polonês quebrou o recorde da Europa. Outro brasileiro na prova, Lucas Lima terminou em sexto lugar com 11s14.

“É a minha primeira Paralimpíada e eu pude subir no pódio. Não tenho palavras! Só quero agradecer. Faltando dois dias para viajar, eu testei positivo para Covid-19 e, por causa disso, fiquei dez dias sem fazer nada, só repousando. Depois, o resultado deu negativo, eu treinei três dias ainda no Brasil e só então eu consegui viajar. Foi complicado, mas graças a Deus eu subi no pódio”, declarou Washington Júnior.

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DOMÍNIO BRASILEIRO

A expectativa era grande pela disputa dos 100 m da classe T47 porque no Mundial de 2019 o Brasil dominou completamente a prova com direito a pódio triplo. Petrúcio Ferreira foi ouro, Washington Júnior foi prata e Yohanson Nascimento ficou com o bronze.

Desde que foi campeão paralímpico em 2016, Petrúcio Ferreira se tornou imbatível nos 100m rasos T47. Antes do título de 2019, que teve o pódio brasileiro triplo, ele foi campeão mundial também em 2017. De quebra, nas duas edições, ele ficou com a medalha de ouro nos 400 m.

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Com o bicampeonato dos 100 m rasos T47, Petrúcio Ferreira chega a quatro medalhas paralímpicas na carreira. Além das vitórias na prova mais rápida do atletismo em 2016 e 2020, o atleta foi medalha de prata na Paralimpíada do Rio de Janeiro no revezamento 4×100 m T42-T47 e nos 400 m rasos T47, competição que ele vai disputar na sexta-feira da semana que vem aqui em Tóquio.

100m rasos T37

Antes da vitória de Petrúcio Ferreira, dois brasileiros entraram em ação nos 100 m T37. Ricardo Gomes de Mendonça ficou em quinto lugar, enquanto Christian Gabriel da Costa terminou na sétima posição.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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