De Tóquio – O adestramento avalia a forte relação do atleta com o cavalo, prova onde dois viram um só. Mas Sergio Oliva não teve muito tempo para conhecer Milenium e a estreia do conjunto foi acontecer bem nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. “Surreal e fascinante”, nas palavras do cavaleio. Só que ambos esbanjaram sintonia e harmonia e, na primeira competição juntos, terminaram na décima colocação do adestramento individual grau 1.
“Por causa da pandemia, fiquei muito tempo preso no Brasil, um ano e meio sem poder sair do país, sem competir. O Milenium eu adquiri há um ano e meio e não pude vê-lo. Nós evoluímos demais em 45 dias, foi uma vitória para mim”, disse Sergio Oliva, muito emocionado e feliz. Esta foi a quarta edição de Jogos Paralímpicos do cavaleiro, que esteve em todas as paralimpíadas desde Pequim-2008 e que vinha de um bronze na Rio-2016.
Com o 10º lugar conquistado na prova do adestramento individual grau 1, o conjunto não conseguiu a classificação para a disputa do estilo livre, que será realizada na próxima segunda-feira, dia 30 de agosto. “Estou muito contente de estar aqui, representando meu país, meus amigos e minhas famílias. Em um grupo seleto de atletas, eu fiz o que pude”, completou Sergio Oliva.
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Quase!
E foi por muito pouco que o conjunto brasileiro não ficou entre os oito melhores que vão disputar o estilo livre. O russo Vladislav Pronskiy terminou no oitavo lugar com a nota final de 70.429, apenas 0.786 à frente do brasileiro. O ouro foi para Roxanne Trunnell (USA), com 81.464, a prata para Rihards Snikus (AUT), com 80.179 e o bronze ficou com para Sara Morganti (ITA), com 76.964.
Diante deste resultado, Rodolpho Riskalla será o único representante no estilo livre, ele que foi prata no individual grau 4.
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Com apenas oito anos e meio, Milenium é um cavalo que tem muito a evoluir nas mãos de Sergio Oliva. “Ele é um cavalo excelente, tem um coração gigante, que se doa para o atleta, eu estou muito contente”, disse o cavaleiro.
“Eu não tive tempo, não tive como fazer construir o cavalo, pegar o jeito dele. Em 50, 45 dias, foi o tempo total que eu tive com o cavalo, não foi a minha melhor marca pessoal, mas fiz o melhor com o Milenium. Ele deu o melhor dele também.”
Foi só o começo!
Somente uma relação longa e intensa entre cavalo e cavaleiro resulta em um grande desempenho no adestramento. Mas se em um curto espaço de tempo, Sergio Oliva e Milenium já se entenderam, imagina o que ambos poderiam ter feito em Tóquio com mais tempo de convívio.
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“Com certeza eu evoluí muito com esse cavalo em tão pouco tempo. Agora é trabalhar para ficar mais perfeita essa união, fazer um trabalho conjunto, cavalo e cavaleiro.
E o próximo grande objetivo da dupla já tem data marcada. “Temos muito pela frente. Vamos trabalhar para os próximos desafios, principalmente o Mundial de 2022”, que será realizado em Pratoni del Vivaro, Itália, de 14 a 18 de setembro.
Fora que Paris-2024 terá um ciclo bem curto. Não será nenhuma surpresa ver esses dois em mais uma edição de Jogos Paralímpicos.