De Tóquio – Extremamente versátil, Lauro Chaman disputa, em Tóquio, sua segunda edição de Jogos Paralímpicos e tem uma agenda cheia de compromissos na capital japonesa. No ciclismo de pista, a primeira disputa foi a do contrarrelógio das classes C4/C5, prova em que não é especialista. No Velódromo de Izu, Chaman, mesmo com o melhor tempo da carreira, acabou no nono lugar na disputa que teve direito a recorde mundial.
“A prova não é muito da nossa característica”, disse Lauro Chaman. Era um resultado esperado, mesmo porque o foco total está no ciclismo de estrada, tanto no contrarrelógio como na corrida. Sem falar que a prova de perseguição na pista também está na mira. São muitas possibilidades para o principal atleta brasileiro no ciclismo.
Por outro lado, com o tempo de 1min06s421, o ciclista cravou o melhor pessoal na prova do contrarrelógio na pista. “Foi o melhor tempo da minha vida e me deixa muito animado para as provas de estrada, que é onde a gente acredita ter mais chances”, completou Lauro Chaman.
Ou seja, a prova do contrarrelógio realizada no Velódromo de Izu foi muito forte e disputada. Tanto que o ouro só saiu para o último a entrar em ação, o espanhol Alfonso Llamas, que fez 1mins01s557 e cravou o novo recorde mundial. A prata ficou com britânico Jody Cundy (1min02s529), enquanto Jozef Metelka, da Eslováquia, terminou com o bronze (1min05s500).
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Agenda
Lauro Chaman ainda compete na pista em mais duas provas. Na quinta-feira (26), tem a disputa da perseguição individual. Já na sexta-feira (27) será a vez da prova do sprint por equipes.
Para o ciclista, essas disputas no ciclismo de pista servirão de aquecimento para as provas do ciclismo de estrada dos Jogos Paralímpicos. No dia 30, Chaman compete no contrarrelógio. Depois, ele descansa por dois dias e volta à ação para a corrida final na estrada, essa sim seu grande objetivo.
“Eu sou o campeão mundial dessa prova, então é a minha principal. Mas estamos entre os melhores do mundo e as condições daqui são bem complicadas. É muito calor, mas é assim também em Araraquara, local onde eu treino. O mais difícil daqui é a humidade, então vamos ter que ver muito bem a parte da alimentação e hidratação durante a disputa”, sinaliza Lauro Chaman.
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Contrarrelógio
O primeiro brasileiro a entrar na disputa foi André Grizante, da C4. Ele foi perdendo rendimento e já passou atrás dos demais competidores logo na primeira volta. Seu tempo final foi de 1min13s441, o que lhe deixou no 21º e último lugar.
Depois foi a vez de Lauro Chaman, que é da C5. Nos primeiros 250 m, ele manteve um bom ritmo, mas sua passagem nos 500 m já foi mais de três segundos atrás do primeiro colocado e um segundo do pódio. Nas duas últimas voltas, Chaman não perdeu tanto rendimento, mas não conseguiu tirar a desvantagem e fechou sua participação em nono.
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Perseguição
Não foi só Lauro Chaman e André Grizante que esteveram em ação no Velódromo de Izu. Pela classe C1, Carlos Alberto Soares disputou a prova da perseguição de individual 3000 m. Com o tempo de 4min26s763, o ciclista terminou no 10 e último lugar, foi eliminado e não avançou para a disputa por medalhas.