As primeiras medalhas brasileiras das Paralímpiadas de Tóquio 2020 saíram logo no primeiro dia de competição. Pelas finais do primeiro dia da natação, o país comemorou quatro medalhas, sendo um ouro, com Gabriel Bandeira, uma prata, com Gabriel Geraldo, e dois bronzes, com Daniel Dias e Phelipe Rodrigues.
O primeiro ouro brasileiro pelo Jogos Paralímpicos de Tóquio veio com Gabriel Bandeira. O jovem destaque da nova geração fez história pela disputa do 100m borboleta da classe S14 (para atletas com deficiência intelectual) ao vencer a prova em 54s76, com direito a recorde paralímpico batido. Como se isso já não bastasse, o atleta se torna ainda o primeiro ouro da natação brasileira que não seja conquistado por Daniel Dias ou André Brasil desde 2004, em Atenas. A prata ficou com Reece Dunn, da Grã-Bretanha (55s12), enquanto o australiano Benjamin Hance foi o medalha de bronze (56s90).
“Gostei bastante da minha prova. O tempo não foi o meu melhor, mas levando em consideração tudo que aconteceu comigo (de ficar em quarentena forçada já no Japão por conta de um caso de covid na delegação), isso me ajudou na parte mental para que fizesse uma boa prova”, declarou o Gabriel Bandeira.
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Já primeira medalha brasileira na Paralímpiada da capital japonesa foi conquistada por Gabriel Geraldo. Nadando os 100m costas da classe S2, o nadador fechou a disputa com a segunda colocação e a medalha de prata ao completar com o tempo de 2min02s47.
“Foi uma prova bem trabalhada com meu treinador e minha equipe. Acredito que fiz uma boa passada dos 50 metros, acabei perdendo um pouco o ritmo no finalzinho e essa medalha foi definida bem na chegada, mas acho que foi o resultado muito importante pra mim”, declarou o medalhista paralímpico.
Maior referência da natação brasileira paralímpica, Daniel Dias subiu mais uma vez no pódio em sua carreira. Dono de impressionantes 25 medalhas paralímpicas, a mais recente delas veio nesta manhã nas Paralímpiadas de Tóquio com a conquista do bronze nos 200 m livre masculino da classe S5. A medalha foi conquistada com o tempo de 2min38s61.
“Foi uma prova bem estratégica. Faz cinco anos que eu não nado essa prova. Desde as Paralímpiadas do Rio eu não nadava os 200m. Então eu precisei montar uma estratégia bem definida para esta prova. Sabia que o italiano e o espanhol se distanciariam e eu precisaria brigar pelo bronze. Então agora é comemorar que tudo deu certo e a estratégia foi bem feita”, analisou o multimedalhista paralímpico.
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O primeiro dos três dias de finais da natação nas Paralímpiadas de Tóquio rendeu ainda a medalha de bronze para a natação do Brasil com Phelipe Rodrigues que completou a prova dos 50m livre da classe S10 com o tempo de 23s50.
“Estou super feliz com a minha medalha. Não digo realizado, mas muito contente com o que tem acontecido comigo. Foi o que eu treinei. É uma sensação incrível subir no pódio. Claro que eu queria o ouro que é medalha que falta pra mim, mas ainda tem outras para competir. Mas já estou extremamente feliz pelo que conquistei”, comentou Daniel Dias.
Outros finalistas
Neste primeiro dia de competições no Centro Aquático de Tóquio, a delegação brasileira da natação, formada por 36 atletas no total, esteve representada em oito finais das Paralímpiadas. O primeiro a cair na água foi José Ronaldo da Silva. Pela disputa dos 100 m nado costas (classe S1 – atletas com as maiores limitações físico-motoras), o brasileiro foi o quinto colocado com o tempo de 3min03s18. O resultado foi bastante comemorado por José.
“Deu para melhorar bem o meu tempo. Foi muito bom pra mim. Esta foi a minha primeira prova de nível internacional. Agora é correr atrás de melhorar ainda mais. Senti muita emoção e alegria de poder participação de uma competição como essa, podendo representar o Brasil”, avaliou o nadador.
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Pela disputa dos 50 m livre feminino da classe S10, Mariana Ribeiro conquistou a quinta colocação ao completar a prova em 28s58. Já Douglas Matera fechou a disputa dos 100 m borboleta (S13) na sétima colocação ao finalizar a competição com 58s53. Por fim, Maria Carolina Santiago fez 1m07s11 nos 100m borboleta (S13) e ficou com a sexta colocação.
Classificação da natação
Além dos quatro estilos (livre, costas, peito e borboleta), os nadadores são divididos por deficiências. As classificações sempre começam com S (de swimming), sendo que o estilo peito também é representado pela letra B, ou seja, pela sigla SB. Do S1 ao S10, competem atletas com limitações físico-motoras. Do S11 ao S13, nadadores com deficiência visual. E, no S14, nadam os esportistas com deficiência intelectual. Quanto maior o grau de comprometimento, menor o número da classe.