Fernando Rufino, o “Cowboy de Aço”, conta os dias para realizar um sonho: competir nos Jogos Paralímpicos. Mas o caminho até garantir um lugar na delegação brasileira para a edição de Tóquio 2020 foi árduo. O sonho de representar o Brasil nos Jogos poderia ter iniciado na edição na Rio 2016, no qual houve a estreia da paracanoagem no cronograma paralímpico. Mas Rufino acabou ficando de fora quando os seus exames apontaram problemas cardíacos.
“Tudo isso é resultado de uma preparação que começou em janeiro de 2017. Desde lá, meu foco era ir para Tóquio. Foi uma vivência intensa de treinamento e de muito aprendizado. Se fosse fácil, teria mais gente chegando aqui, mas não é assim. Isso é para poucos, para quem nasceu para competir e ser atleta. Agora, acho que a minha conquista será dobrada. Uma medalha da Rio 2016 e outra em Tóquio”, disse o atleta.
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Fernando Rufino perdeu o movimento das pernas em 2005, por conta de uma lesão na medula, causada em um acidente grave de ônibus, onde fraturou as vértebras T12 e L2. E Cowboy de Aço é um apelido sob medida para Rufino, que além do acidente de ônibus, já enfrentou outras adversidades: foi pisoteado por um touro, fraturou o rosto com uma anilha na academia e teve sua casa atingida por um raio.
Sucesso em pouco tempo
E a história de Rufino na canoagem é recente, mas marcante. Aprendeu a remar em 2012 e, de lá para cá, competiu em 20 países. Até então, ele era peão de rodeios. “Acredito que a canoagem é uma continuação da minha vida no esporte, que começou com a montaria. Os rodeios eram meu ganha-pão. Tive uma carreira curta, mas vitoriosa montando. Agora, troquei a emoção de estar 8 segundos em cima de um touro para os minutos de uma prova de 200 metros”.
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Agora, Fernando Rufino embarca para o Japão confiante. Isso porque na Copa do Mundo na Hungria recentemente, ele subiu ao pódio duas vezes, conquistando suas medalhas de ouro: uma na prova dos 200 metros da VL2 (canoa para atletas que utilizam braços e tronco para a remada) e outra na prova de 200 metros da KL2 (caiaque para esportistas que usam braços e tronco para movimentar o barco). E em Tóquio, ele irá competir nas mesmas categorias.