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EUA e Brasil fazem novo duelo parelho no goalball feminino; elas levaram essa

Time da América do Norte devolveu derrota na final dos Jogos Parapan-Americanos de Lima com 6 a 4 no marcador. Jogo também reeditou disputa do bronze na Rio-2016 e duelo pela fase de classificação no Mundial de 2018

(arquivo)

Tóquio – A seleção brasileira feminina de goalball estreou nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 com derrota por 6 a 4 para os Estados Unidos nesta quarta-feira (25), na reedição da disputa da medalha de bronze da Rio-2016. Na ocasião, as norte-americanas venceram por 3 a 1. O Brasil deu o troco dois anos mais tarde, no Mundial de 2018, com uma vitória pelo mesmo placar em duelo válido pela fase de classificação do campeonato, do qual também saiu com o bronze. Em 2019, mais dois duelos nos Jogos Parapan-americanos de Lima, com vitória delas na fase de grupos e nossa na final.

“Os Estados Unidos são um grande time, assim como o Brasil. Sabíamos que não iria ser fácil. A gente joga contra elas já há muitos anos e sempre fazemos frente. Cada jogo é um jogo”, disse a capitã Ana Carolina Duarte. Sobre esse especificamente avaliou de forma positiva a primeira participação com uma equipe tão jovem em Paralimpíada. “As meninas mandaram muito bem. O conjunto fluiu. Um time tem de perder e outro, ganhar, mas foi uma partida muito boa. Detalhes decidiram. Na próxima, temos de começar mais confiantes do que estávamos, porque temos potencial”, avaliou. Jessica Gomes, que entrou no segundo tempo e marcou dois gols disse que “todos que estão no banco e dentro de quadra fazem parte da equipe. Estamos torcendo junto e concentradas para poder ajudar. É fundamental”.

O próximo jogo do Brasil em Tóquio será contra o Japão (Rogério Capela/CPB)

O próximo jogo do Brasil em Tóquio será contra o Japão, às 22h30 de quinta-feira (26) pelo horário de Brasília. Turquia e Egito completam o Grupo D da competição. No outro, o C, estão Rússia, Canadá, Austrália, China e Israel.

Jogo Parelho

Ana Carolina Duarte abriu o placar para o Brasil ainda no primeiro minuto. Logo a seguir, as norte-americanas aproveitaram a primeira penalidade do duelo e empataram, para depois viraram com um disparo no canto esquerdo do gol brasileiro. A 7min34 do fim da etapa inicial, saiu o terceiro gol dos Estados Unidos, seleção campeã mundial em 2014, paralímpica em 2008 e vice em 2004. Elas fizeram o quarto a 4min34 do fim, mas logo a seguir Vitoria Amorim descontou e o jogo chegou ao intervalo com 4 a 2 no placar.

Goalball Brasil Estados Unidos Jogos Paralímpicos Tóquio
Rivalidade contra os Estados Unidos é alta por conta dos encontros recentes (Rogério Capela/CPB)

As norte-americanas mantiveram o controle da partida no início do segundo tempo e anotaram o quinto logo no início. A seguir, Victoria Amorim conseguiu uma bela defesa em cobrança de penalidade, antes de ser substituída por Jessica Gomes. E foi dela o terceiro gol, um petardo rasteiro a 8min05 do fim. A seleção dos EUA teve mais uma chance de ampliar via penalidade, mas desta vez foi Ana Carolina Duarte quem evitou o sexto gol das rivais. Pior para elas, que ainda tomaram o quarto, novamente com Jessica, e o Brasil encostou no 5 a 4 faltando ainda metade do período.

O empate quase veio com Carol, que obrigou as norte-americanas a fazerem uma defesa em dois tempos. Pior para nós, desta vez, porque a seguir ela mesma cometeu uma penalidade, que virou o sexto gol das adversárias, fechando o marcador da estreia de ambas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

Goalball nos Jogos Paralímpicos

O goalball é uma modalidade disputada por atletas com deficiência visual das classes B1, B2 e B3. Todos os atletas, independente do nível de perda visual, utilizam uma venda durante as competições para que todos possam competir em condições de igualdade. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei, 9m de largura por 18m de comprimento, e as partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com 3 minutos de intervalo.

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Cada equipe de goalball conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária. A bola, com 76 cm de diâmetro e peso de 1,25 kg, tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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