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Tóquio 2020

Alana Maldonado vem à terra do judô para conquistar ouro paralímpico inédito

Brasileira atual campeã mundial foi medalha de prata na Rio-2016 e busca, no Japão, ser a primeira campeã paralímpica da história do Brasil. Maior rival vem do México

Alana Maldonado judô Jogos Paralímpicos Tóquio ao vivo
Alana Maldonado tem mexicana como grande rival (Matsui Mikihito/CPB)

Tóquio – Medalha de prata nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, a brasileira Alana Maldonado está confiante e se diz preparada para alcançar o grande sonho: o ouro em Tóquio. A judoca de 26 anos é da categoria até 70kg, disputa pela segunda vez uma edição paralímpica e nela busca a inédia medalha de ouro feminina do Brasil no judô. Alana entra no tatame da tradicional arena Nippon Budokan a partir das 22h30 de sábado (28), pelo horário de Brasília.

“Estou na minha melhor forma, física e técnica. Agora faço os últimos ajustes nos treinos para realizar meu sonho que é ser medalhista de ouro”, contou Alana Maldonado, atual campeã mundial da categoria em competição disputada em 2018. A maior rival é a mexicana Lênia Fabiola Ruvalcaba Alvarez. “A gente vem se enfrentando em várias finais. Sei que nos Jogos Paralímpicos estão as melhores lutadoras do mundo, então a preocupação não é só com a mexicana, mas com todas as adversárias”, afirmou a brasileira.

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A disputa por medalhas entre Alana e Lênia é antiga. As duas se enfrentaram na final dos Jogos Parapan-americanos de Toronto, em 2015, e na final dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Em ambos deu a mexicana. “Eu observo a luta da Lênia, mas ela também estuda a minha. Isso faz com que fique uma disputa bem calculada, na espera de um erro da adversária. Ela fica mais na defensiva e eu mais no ataque. Assim, se não entro no golpe, acabo tomando punição. Foi assim que perdi a final do Parapan”, lembrou Alana.

Inspiração olímpica

Alana Maldonado acompanhou a participação dos brasileiros na Olimpíada e pretende levar para o tatame a lição aprendida com os colegas que voltaram com duas medalhas de bronze, Mayra Aguiar e Daniel Cargnin. A atleta destacou também a determinação de Maria Portela. “Eu assisti o judô brasileiro nos Jogos Olímpicos e dava um frio na barriga pensar que eu logo estaria ali na Arena”, disse. “As medalhas da Mayra e do Daniel foram incríveis. A luta da Maria Portela foi de muita superação e garra. É difícil fazer quase quatro minutos de luta normal e depois mais 12 de golden score. A verdade é que temos gente que estar preparadas para uma disputa de 15 minutos”, acrescentou a brasileira, que tem feito um trabalho de preparação física intenso para encarar as adversárias.

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Na edição olímpica, entre julho e agosto, os japoneses tiveram êxito dentro de casa. Mas isso não assusta a brasileira. “O Japão dominou o judô olímpico e acredito que venha forte também no paralímpico. Aqui é a terra do judô, mas, na minha categoria, a japonesa é novata”, lembrou Alana, que pratica judô desde os 4 anos de idade e começou na modalidade paralímpica com 14. Nos Jogos Paralímpicos, a modalidade é disputada por atletas com deficiência visual e a paulista é da classe B3 (baixa visão).

Currículo extrenso

A primeira convocação dela para a seleção brasileira foi aos 14 anos. De lá para cá, o currículo cresceu bastante: líder do ranking mundial na categoria até 70 kg; prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019; ouro no Campeonato Mundial 2018 em Portugal; prata na Copa do Mundo 2018 na Turquia; ouro na Copa do Mundo 2019 e 2017 no Uzbequistão; prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; bronze nos Jogos Mundiais da IBSA 2015 na Coreia do Sul e prata nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.

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