A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade que representa as farmácias de manipulação do Brasil, considera como extremamente improvável a hipótese de ter havido contaminação cruzada no caso de acusação de doping da jogadora de vôlei Tandara como alega a defesa da atleta.
“Confiamos plenamente que comprovaremos que a substância ostarina entrou acidentalmente no organismo da atleta e que não utilizada para fins de performance esportiva”, diz trecho do comunicado divulgado pelo advogado Marcelo Franklin, especialista em casos de doping, que afirmou também que Tandara só irá se pronunciar ao final do processo.
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Por outro lado, a Anfarmag esclarece que o processo de manipulação de produtos farmacêuticos é seguro e segue rígidos protocolos de autoridades como a Anvisa, as Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais, a Polícia Federal, a Polícia Civil, os Conselhos Regionais de Farmácia, entre outras, obedecendo a regras que garantem total segurança ao produto e ao medicamento dispensado à população.
“A tese de contaminação cruzada tem sido utilizada como um recurso indiscriminado no Direito Esportivo. Nos últimos anos, mais de 30 atletas se valeram da alegação de suposta contaminação de suas formulações para atenuar a pena por doping. É, no mínimo, curioso observar esse alto volume de alegações diante de uma atividade amplamente regulamentada, rotineiramente fiscalizada pelos órgãos competentes e parte fundamental do sistema de saúde do país”, rebate a Anfarmag em nota divulgada à imprensa.
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“Também causa estranheza que essas alegações quase sempre se refiram a diuréticos – pouco usados nas farmácias de manipulação, representando menos de 2% das fórmulas – ou a hormônios anabolizantes e medicamento com efeitos similares a eles (como é o caso dos SARMs), sendo que essas duas últimas são classes de substâncias que estão diretamente relacionadas ao desempenho físico. Diante desse abuso flagrante, a Anfarmag reitera, portanto, o repúdio a alegações levianas, que colocam em xeque a confiabilidade de um setor fundamental para a saúde brasileira, que salva vidas e é referência internacional”, completa a Anfarmag.