O sonho de competir uma Olimpíada tornou-se realidade para Camila Brait. A líbero da seleção de vôlei feminino terminou com a prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio e aproveitou o momento único para anunciar sua aposentadoria. “Não vou jogar mais pela seleção. As meninas já sabiam disso. Foi muito legal, valeu a pena o sacrifício, mas ano que eu não volto. Eu tenho outros planos pra mim daqui pra frente e não pretendo voltar.”
Aos 32 anos, Camila Brait é quase uma unanimidade na posição de líbero, mas só conseguiu disputar sua primeira edição olímpica em Tóquio 2020. “Uma amiga minha perguntou no ano passado se quando eu aposentasse eu conseguiria dormir com a cabeça tranquila. Eu falei que não, porque faltava uma Olimpíada e eu batalhei muito para estar aqui. Agora eu posso dizer que realizei este sonho, conquistando uma medalha de prata ainda. Estou muito feliz pelo que fizemos aqui”, disse a mais nova medalhista de prata em uma edição de Jogos Olímpicos.
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E olha que o técnico José Roberto Guimarães teve que insistir para que ela viesse para o Japão. Inclusive, Camila Brait já tinha anunciado sua aposentadoria da seleção, mas voltou atrás para realizar um sonho. “Passa toda uma história no pódio. Desde o nascimento da minha filha, até eu ter aceitado voltar, o nosso trabalho com as meninas. Hoje a gente sai com a prata, mas eu estou muito feliz. Eu sou medalhista de prata, medalhista olímpica!”
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Guerreiras
Entre as duas seleções brasileiras de vôlei de quadra e as quatro duplas no vôlei de praia, o vôlei feminino era a menos cotada para subir ao pódio. Mas em mais uma história fascinante do esporte, elas foram as únicas a voltarem com a medalha dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
“Antes da gente vir pra cá a gente sabia que não era a primeira força. Mas nosso time foi se reinventando durante a competição. A gente foi melhorando a cada partida, a nossa energia como time estava muito boa. A gente sabia que chegar na final seria muito difícil e a gente conquistou isso”, disse a líbero.
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O Brasil não fez uma boa partida diante dos Estados Unidos, que jogaram em alto nível e deram pouquíssimas chances. “As americanas estavam muito inspiradas. Elas passaram e defenderam como nunca fizeram e tiveram os seus méritos.”
Mas não será somente Camila Brait a curtir muito a medalha prateada. “Esta prata tem um valor especial pra mim. Minha primeira e última Olimpíada. Minha filha ontem ficou pedindo a medalha de prata e eu falei: “não filha”, mas ela ficou falando que a prata era mais bonita. Filha, estou levando a prata pra você.”
Elogio do chefe
O técnico José Roberto Guimarães comentou sobre a aposentadoria da atleta após os Jogos Olímpicos. Sem se mostrar surpreendido com a decisão, o comandante fez questão de elogiar o desempenho da líbero durante a disputa olímpica.
“A gente já sabia que seria a última da Camila. Ela esteve num momento de indecisão se voltava ou não e acabou decidindo por jogar, e fez isso muito bem. Ela fez uma Olimpíada maravilhosa. Acho que foi muito importante para uma realização pessoal pra ela também”