O jogador de vôlei sentado Daniel Yoshizawa é o único atleta da delegação brasileira para os Jogos Paralímpicos de Tóquio com ascendência japonesa. Ele é um dos 253 atletas convocados para representar o Brasil nesta edição dos Jogos, com cerimônia de abertura marcada para o dia 24 de agosto. A delegação brasileira contará com cerca de 450 pessoas, ao todo.
A pouco mais de um mês para a abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o jogador, que tem ascendência japonesa por parte de mãe, está ansioso para chegar ao país e estar mais próximo da sua cultura.
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“É a primeira vez que eu vou para o Japão, estou muito ansioso, mesmo sendo de família japonesa nunca tive a oportunidade de conhecer. Ainda mais em um evento especial como os Jogos Paralímpicos, minha ansiedade está a mil. Mesmo sabendo que teremos restrições e não poderemos passear, mas só de estar lá será uma grande conquista”, contou Daniel Yoshizawa, de 35 anos, natural de Suzano em São Paulo.
O principal costume japonês seguido pela família de Daniel é a culinária. “A minha batchan [avó] morava com a minha família e foi a responsável por criar o hábito de comermos comida japonesa diariamente. Comíamos gohan, que é o arroz e tinha todos os dias, tofu, missoshiro [sopa japonesa]”, explicou o jogador que teve meningite bacteriana e precisou amputar as duas pernas acima do joelho, quatro dedos da mão direita e um da esquerda aos 21 anos.
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Daniel participará pela primeira vez de uma edição de Jogos Paralímpicos. No currículo, com a Seleção Brasileira, o jogador já tem o bronze no Campeonato Mundial da modalidade na Holanda em 2018 e o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
As equipes de vôlei (feminino e masculino) viajam para o Japão no dia 8 de agosto rumo a Hamamatsu, cidade que será utilizada para aclimatação dos atletas. As disputas do vôlei sentado começam no dia 27 de agosto e a grande final será no dia 5 de setembro. A equipe masculina irá em busca da primeira medalha paralímpica brasileira da história da modalidade entre os homens.