Os atletas da Seleção paralímpica de tênis de mesa já estão no Japão para a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Foram quase dois dias de viagem, com 24 horas em aviões, fora a espera nos aeroportos de Doha e de Tóquio. Na chegada ao país, após passarem pelos protocolos da pandemia de Covid-19, seguiram o trajeto por terra, com seis horas de duração, até Hamamatsu. Lá, será realizada a última etapa de treinamentos antes da ida à capital japonesa, durante duas semanas.
Os protocolos foram rígidos na chegada ao Japão. Para seguir até Hamamatsu, a delegação foi dividida em dois ônibus e nem a tradicional foto com o time completo em solo japonês foi autorizada. O período na cidade também será importante para que a delegação se acostume, principalmente, com o fuso horário local. Para o técnico Paulo Molitor, este será o primeiro grande desafio dos brasileiros.
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A aclimatação no Japão é um item importantíssimo no planejamento da comissão técnica. Com o cansaço acumulado das horas de voo, os atletas terão que mudar a chave para ficarem acordados quando estavam acostumados a dormir, e vice-versa. Para isso servirão as duas semanas em Hamamatsu.
“Estamos tentando minimizar, especialmente os dois, três primeiros dias por causa do fuso. Estamos muito preocupados com isso, proporcionamos aos atletas conversas individuais sobre isso. Não vamos colocar logo uma carga de esforço, vamos esperar dois ou três dias para implementar o trabalho que tem de ser feito no dia a dia”, afirma Molitor.
Um dos segredos para implementar essas medidas será evitar o ócio, especialmente nestes primeiros dias. O objetivo é providenciar atividades para a delegação em algum lugar do hotel onde estarão hospedados, ou mesmo online, dentro dos quartos, caso não haja espaço. A medida foi alinhada em reunião da comissão técnica. Manter os atletas ocupados será crucial para alinhar o sono, já que os treinamentos com bola só começarão a partir do segundo ou terceiro dia.
Avalanche de brasileiros
Para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, a seleção paralímpica de tênis de mesa está ‘recheada’ de atletas. Ao todo, são 14 mesa-tenistas que conseguiram a vaga por meio do Parapan, do ranking mundial, de vitória na Seletiva da Eslovênia ou por convite da Federação Internacional: Bruna Alexandre (classe F10), Carlos Carbinatti (M10), Cátia Oliveira (F2), Danielle Rauen (F9), David Freitas (M3), Israel Stroh (M7), Jennyfer Parinos (F9), Joyce Oliveira (F4), Lethícia Lacerda (F8), Luiz Filipe Manara (M8), Marliane Santos (F3), Millena França (F7), Paulo Salmin (M7) e Welder Knaf (M3).
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Além de Paulo Molitor, que será o técnico principal, a delegação é composta pelos técnicos Alexandre Ghizi, Andrews Martins e Celso Toshimi, pela fisioterapeuta Cristina Porto, pelo coordenador técnico Edimilson Pinheiro e por Tainá Campos, atuando como apoio. Quinta melhor equipe do mundo na modalidade, o Brasil conquistou quatro medalhas em 2016, nos Jogos do Rio.