Raimundo Ferreira, o Sergipe, bicampeão brasileiro de boxe no passado, é o pai de Beatriz Ferreira, que disputa na madrugada deste domingo a final da categoria até 60 kg do boxe nos Jogos Olímpicos, e responsável por apresentar a filha ao esporte. Perto da maior conquista de sua vida, a pugilista prometeu a medalha de ouro como presente de dias dos pais.
“A minha meta é ouvir meu hino no alto do pódio e presentear meu pai. Vai rolar um presente, né? Eu tava pensando aqui, o iene (moeda japonesa) tá muito caro, então vou levar uma medalha de ouro mesmo”, brinca Beatriz Ferreira, que enfrenta a irlandesa Kellie Harrington às 2h da manhã, comecinho da madrugada do dia dos pais.
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Apesar do tom de brincadeira de Beatriz Ferreira, não há presente mais desejado pelo velho Sergipe. “Antigamente ela me via subir no ringue pra luta. Hoje é a minha vez de vê-la subindo nos ringues do mundo”, costuma dizer todo orgulhoso.
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Sergipe passou o seu amor pelo boxe para filha. Raimundo foi boxeador profissional, em uma época em que Bia, ainda criança, assistia os treinos do pai em Salvador. De tanto acompanhar, logo ela começou a praticar a modalidade.
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“A primeira vez em que a Bia colocou a luva devia ter uns 4 anos de idade. Ela me acompanhava nos treinos de fim de semana na garagem de casa em Salvador. Junto com todos os meninos que iam treinar em casa, ela ficava no meio e foi aprendendo”, conta Sergipe.
Foi assim que Bia encontrou sua paixão e o Brasil viu nascer uma atleta espetacular. Campeã dos Jogos Pan-Americanos e do Mundial em 2019, Beatriz Ferreira quer ganhar a “mãe de todas”, como ela chama a medalha olímpica, de ouro e presentear Sergipe, que terá sem dúvida o melhor dia dos pais de sua vida!
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