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Tóquio 2020

Kawan Pereira fica em 10º é o melhor brasileiro da história na plataforma de 10 m

Com apenas 19 anos, Kawan Pereira atinge melhor colocação de um brasileiro nos saltos ornamentais

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Estreante em olimpíadas, Kawan Pereira se garante na final da plataforma de 10 m (Gaspar Nobrega/COB)

Kawan Pereira está marcado na história da plataforma de 10m dos saltos ornamentais. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, sua primeira Olimpíada, o brasileiro disputou a final e terminou no 10º lugar, o melhor resultado do Brasil na modalidade. E olha que ele só tem 19 anos.

“Estou bem feliz. A sensação é de dever cumprido para mim.”, disse após competir entre os 12 melhores do mundo nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ele já tinha feito história ao se classificar para a final, mas o 10º lugar deixou tudo muito mais marcante.

Após seis saltos realizados na final, o piauiense terminou com 393.85, um pouco menos do que tinha feito na semifinal (400.40). “Foi um ano de altos e baixos. Tive uma lesão no pé um mês e meio antes de vir para cá. Foi difícil, mas consegui.”

+Tudo sobre os saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Mais relaxado do que na classificatória e na semifinal, Kawan Pereira tinha definido uma vaga na final como o grande objetivo, o grande sonho, que acabou se concretizando. “Espero que o saltos ornamentais ganhe mais visibilidade e agradeço muito pela torcida. Senti as vibrações boas daqui.”

Antes de Kawan Pereira, o Brasil só tinha duas finais olímpicas nos saltos ornamentais, ambas no trampolim de 3 m, com Cesar Castro (2004 e 2016). Foi a primeira final da plataforma de 10 m da história brasileira. Fora que ele se tornou o mais jovem finalista do Brasil, com 19 anos, enquanto Cesar Castro tinha 22 ano em Atenas-2004.

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Kawan Pereira pega a última vaga para a final (Gaspar Nobrega/COB)

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A disputa

Doze atletas iniciaram a final da plataforma de 10 m. Kawan Pereira entrou com a 12ª melhor nota da semifinal e sabia que só com uma consistência nos seis saltos ele teria chances.

Seu primeiro salto foi razoável, ele exagerou um pouco na força ao sair da plataforma e recebeu 60.80. Mais calmo e relaxado, já que na classificatória estava bem nervoso, Kawan Pereira fez um excelente segundo salto e tirou 79.20, até então sua melhor nota em toda a competição em Tóquio.

Mas a empolgação durou bem pouco. Seu terceiro salto foi bem pior do que os demais. Com 46.20, ele voltou a ficar atrás dos demais e se viu obrigado a arriscar.

Seu quarto salto foi o melhor de todo e recolocou na briga pela final nos Jogos Olímpicos de Tóquio: 79.55! O saltador acalmou-se, respirou e foi com tudo para os dois últimos saltos. No quinto, 56.10 e ficou mais confortável ainda. Bastava um bom último salto para garantir o 10º lugar.

Debaixo de muita pressão, Kawan Pereira executou seu sexto salto, levou 72.00 de nota e assegurou a melhor participação de um brasileiro na tão tradicional plataforma de 10 m.

O pódio

A China, principalmente nas últimas três décadas, cresceu demais nos saltos ornamentais e tomou conta da disputa na plataforma de 10 m. Yuan Cao, no último salto, alcançou a somatória de 582.35 e terminou com o ouro. Seu compatriota, Jian Yang, terminou com a prata (580.40). Tom Daley, da Grã-Bretanha, ficou com o bronze (548.25).

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