O Japão fez história na manhã desta sexta-feira (06), após conquistar, pela primeira vez nas Olimpíadas, uma vaga na grande final de basquete. E nada seria mais emocionante do que isso acontecer dentro de casa, disputando a Tóquio-2020, com a armadora Rui Machida batendo recordes por cima de recordes.
Na última partida da fase de grupos, quando o Japão venceu a Nigéria por 102 a 83, Machida já atingiu um feito histórico. Passou a ocupar o primeiro lugar da lista de Líderes em Assistências em Jogos Olímpicos, ao lado de Teresa Edwards, dos Estados Unidos, ao atingir a marca de 15 assistências em uma única partida de basquete.
O feito já era enorme, mas Machida ainda poderia oferecer mais. O Japão nunca havia chegado sequer em uma semifinal de Olimpíadas, mas nesta sexta (06), além de garantir uma vaga na grande final, a armadora japonesa deu 18 assistências e assumiu, isoladamente, o primeiro lugar da lista, deixando até sua última conquista para trás.
Destaque em Tóquio – 2020
Na semifinal, onde a seleção anfitriã de Tóquio-2020 venceu a França por 87 a 71, a armadora teve uma das melhores apresentações individuais desta edição do torneio. Além das 18 assistências, ainda contribuiu com nove pontos, três rebotes e um roubo de bola. Somando as cinco partidas disputadas na Olimpíada, Machida deu 69 assistências – uma média de 13.8 por jogo.
Para muitos, a chegada do Japão na final da Olimpíada de Tóquio pode ter sido uma surpresa, mas não foi para o técnico Tom Hovasse. “Meu objetivo é ganhar a medalha de ouro”, disse o comandante em entrevista a Fiba, no início do torneio. “Sei que existem pessoas de fora da nossa equipe que duvidam, mas quando eu assumi esse cargo, cinco anos atrás, eu disse na minha primeira entrevista coletiva que queria ganhar a medalha de ouro e que queria jogar contra os EUA na disputa do título”, finalizou.
As palavras do técnico podem se realizar, pois o duelo contra os Estados Unidos já está definido e será neste sábado (07), às 23h30 (horário de Brasília). Enquanto o Japão faz sua estreia na final dos Jogos, os Estados Unidos buscam seu sétimo ouro consecutivo no torneio.
Por Jéssica Maciel.