De Tóquio – Encerrando o hipismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a equipe brasileira de saltos disputou a prova por equipes. O trio formado por Marlon Zanotelli, Yuri Mansur e Pedro Veniss somou 29 pontos de penalidade e ficou de fora da disputa pelo pódio e terminou no sexto lugar entre 10 equipes.
Neste novo formado da disputa por equipes no hipismo saltos, apenas três conjuntos se apresentam, não há descarte e todas as penalidades e tempos são somados. O Brasil terminou com sete penalidades por derrubar obstáculos e uma por passar do tempo limite de 82 segundos. Cada penalidade de obstáculo equivale a quatro pontos. Já a penalidade por tempo soma um ponto a cada segundo extra.
Yuri Mansur não estava como titular, mas acabou substituindo o campeão olímpico, que alegou que sua montaria não tinha condições de ajudar a equipe brasileira de saltos já que seu cavalo refugou na classificatória.
A vitória ficou com o trio da Suécia, que bateu os Estados Unidos no terceiro desempate. O trio belga com 12 pontos de penalidade completou o pódio. Ou seja, o hipismo saltos do Brasil teve 17 pontos a mais de penalidade do bronze.
Na Rio-2016, a equipe brasileira ficou no quinto lugar. No novo formato de disputa, com apenas três conjuntos e sem descarte, o Brasil terminou em sexto na Olimpíada de Tóquio. Aliás, não tivemos pódio nas outras modalidades, como o CCE e o Adestramento.
Que coisa!
Na briga por medalhas, uma das situações mais curiosas da história dos Jogos Olímpicos. Os Estados Unidos terminou sua participação com oito pontos e ficou secando Suécia e França. Os nórdicos foram representados por Peder Frederickson, que fez um percurso praticamente perfeito. Montando o cavalo All In, cometeu uma falta no último obstáculo, deixando a França a um passo do título.
Cabia a amazona Penelope Leprevot fazer o percurso sem cometer seis pontos. Seu cavalo Vancouver de Lanore, no entanto, estava extremamente nervoso e acabou refugando. Com isso, a atual campeã olímpica foi eliminada, fazendo com que o Brasil pulasse para a 6ª colocação e forçando o desempate entre EUA e Suécia.
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1º conjunto
Melhor cavaleiro do Brasil, Marlon Zanotelli foi o primeiro a saltar na disputa por equipes. O cavaleiro não repetiu o mesmo desempenho da classificatória, onde zerou o percurso. Montando Edgar, cometeu três faltas no difícil percurso da final e terminou o percurso dentro do tempo. Com isso, perdeu 12 pontos, botando muita pressão nos dois conjuntos que viriam na sequência.
“Duas penalidades são minhas, eu errei. O Edgar não teve culpa, e a penalidade na água eu nem tinha visto. Mas a ideia era eu começar mesmo a final, meu cavalo é bem rápido e permite que os demais façam uma prova mais segura. O percurso está bem técnico, mas não tinha como ser diferente”, disse Marlon Zanotelli.
2º conjunto
Ao final da primeira rodada, a ordem parcial tinha Suécia e Estados Unidos (ambos sem perder pontos) França (1 ponto perdido), Bélgica ( 4), Suíça (8), Alemanha (8), Holanda (9) e Brasil (12). Yuri Mansur foi o segundo a montar. O cavaleiro derrubou apenas um obstáculo junto com seu cavalo Alfons.
“Foi uma pena, eu fiquei bem na dúvida do que fazer naquela combinação. Executei bem, mas ficou um pouco lançado para o meu cavalo. Minha primeira Olimpíada, nunca saltei nesse nível, estou muito contente. E eu já tinha na minha cabeça que poderia entrar nessa final, ainda mais depois do jeito que o cavalo saltou. E o cavalo estava descansado”, ressaltou Yuri Mansur.
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3º conjunto
Após uma pequena pausa para deixar a pista do percurso zerada, Pedro Veniss foi o quarto a entrar, já que o Brasil fechou a segunda volta na 7ª colocação por equipes. Montando Quabri de L Isle, o cavaleiro teve muitas dificuldades e fechou sua volta com 13 de penalidade, sendo três de obstáculos e de tempo.
Muito emocionado, Veniss falou sobre o que pode ter sido sua última competição de hipismo saltos com Quabri. “Triste queria ter montado melhor. Ele é o meu melhor amigo, um cavalo que me levou para dois Jogos Pan-Americanos e uma Olimpíada. Mas estamos aí, mais uma vez entre os melhores. É muito difícil para nós nos mantermos na Europa, mas é seguir e ajustar os detalhes para beliscar um pódio”.