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Tóquio 2020

Com muitas faltas, hipismo saltos por equipes termina na 6ª colocação

Marlon Zanotelli, Yuri Mansur e Pedro Veniss somam 29 pontos de penalidade e Brasil sai sem pódio de Tóquio

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Marlon Zanotelli e Edgar em ação na disputa por equipes (Wander Roberto / COB)

De Tóquio – Encerrando o hipismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a equipe brasileira de saltos disputou a prova por equipes. O trio formado por Marlon Zanotelli, Yuri Mansur e Pedro Veniss somou 29 pontos de penalidade e ficou de fora da disputa pelo pódio e terminou no sexto lugar entre 10 equipes.

Neste novo formado da disputa por equipes no hipismo saltos, apenas três conjuntos se apresentam, não há descarte e todas as penalidades e tempos são somados. O Brasil terminou com sete penalidades por derrubar obstáculos e uma por passar do tempo limite de 82 segundos. Cada penalidade de obstáculo equivale a quatro pontos. Já a penalidade por tempo soma um ponto a cada segundo extra.

Yuri Mansur não estava como titular, mas acabou substituindo o campeão olímpico, que alegou que sua montaria não tinha condições de ajudar a equipe brasileira de saltos já que seu cavalo refugou na classificatória.

A vitória ficou com o trio da Suécia, que bateu os Estados Unidos no terceiro desempate. O trio belga com 12 pontos de penalidade completou o pódio. Ou seja, o hipismo saltos do Brasil teve 17 pontos a mais de penalidade do bronze.

Na Rio-2016, a equipe brasileira ficou no quinto lugar. No novo formato de disputa, com apenas três conjuntos e sem descarte, o Brasil terminou em sexto na Olimpíada de Tóquio. Aliás, não tivemos pódio nas outras modalidades, como o CCE e o Adestramento.

Que coisa!

Na briga por medalhas, uma das situações mais curiosas da história dos Jogos Olímpicos. Os Estados Unidos terminou sua participação com oito pontos e ficou secando Suécia e França. Os nórdicos foram representados por Peder Frederickson, que fez um percurso praticamente perfeito. Montando o cavalo All In, cometeu uma falta no último obstáculo, deixando a França a um passo do título.

Cabia a amazona Penelope Leprevot fazer o percurso sem cometer seis pontos. Seu cavalo Vancouver de Lanore, no entanto, estava extremamente nervoso e acabou refugando. Com isso, a atual campeã olímpica foi eliminada, fazendo com que o Brasil pulasse para a 6ª colocação e forçando o desempate entre EUA e Suécia.

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Marlon Zanotelli e Edgar em ação na disputa por equipes (Wander Roberto / COB)

1º conjunto

Melhor cavaleiro do Brasil, Marlon Zanotelli foi o primeiro a saltar na disputa por equipes. O cavaleiro não repetiu o mesmo desempenho da classificatória, onde zerou o percurso. Montando Edgar, cometeu três faltas no difícil percurso da final e terminou o percurso dentro do tempo. Com isso, perdeu 12 pontos, botando muita pressão nos dois conjuntos que viriam na sequência.

“Duas penalidades são minhas, eu errei. O Edgar não teve culpa, e a penalidade na água eu nem tinha visto. Mas a ideia era eu começar mesmo a final, meu cavalo é bem rápido e permite que os demais façam uma prova mais segura. O percurso está bem técnico, mas não tinha como ser diferente”, disse Marlon Zanotelli.

2º conjunto

Ao final da primeira rodada, a ordem parcial tinha Suécia e Estados Unidos (ambos sem perder pontos) França (1 ponto perdido), Bélgica ( 4), Suíça (8), Alemanha (8), Holanda (9) e Brasil (12). Yuri Mansur foi o segundo a montar. O cavaleiro derrubou apenas um obstáculo junto com seu cavalo Alfons.

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Yuri Mansur e Alfons nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Gaspar Nóbrega/COB)

“Foi uma pena, eu fiquei bem na dúvida do que fazer naquela combinação. Executei bem, mas ficou um pouco lançado para o meu cavalo. Minha primeira Olimpíada, nunca saltei nesse nível, estou muito contente. E eu já tinha na minha cabeça que poderia entrar nessa final, ainda mais depois do jeito que o cavalo saltou. E o cavalo estava descansado”, ressaltou Yuri Mansur.

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3º conjunto

Após uma pequena pausa para deixar a pista do percurso zerada, Pedro Veniss foi o quarto a entrar, já que o Brasil fechou a segunda volta na 7ª colocação por equipes. Montando Quabri de L Isle, o cavaleiro teve muitas dificuldades e fechou sua volta com 13 de penalidade, sendo três de obstáculos e de tempo.

Muito emocionado, Veniss falou sobre o que pode ter sido sua última competição de hipismo saltos com Quabri. “Triste queria ter montado melhor. Ele é o meu melhor amigo, um cavalo que me levou para dois Jogos Pan-Americanos e uma Olimpíada. Mas estamos aí, mais uma vez entre os melhores. É muito difícil para nós nos mantermos na Europa, mas é seguir e ajustar os detalhes para beliscar um pódio”.

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