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Tóquio 2020

Boxe profissional não seduz Bia, que vai atrás do ouro olímpico em Paris

Beatriz Ferreira descarta boxe profissional e vai seguir na modalidade olímpica para ganhar o ouro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

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Jonne Roriz/COB

Ao final da trajetória de Beatriz Ferreira no ciclo até Tóquio-2020 em que ela colecionou ouro nos Jogos Sul-Americanos, nos Jogos Pan-Americanos e no Mundial e a prata nos Jogos Olímpicos, a pergunta a ser feita tem a ver com o futuro da pugilista. Será ela seduzida pelo boxe profissional como foram os últimos brasileiros a subir no pódio como Esquiva e Yamaguchi Falcão, Adriana Araújo e Robson Conceição? E a resposta é não! A boxeadora não só vai ficar no esporte olímpico como quer se transformar em uma das maiores medalhistas do país na história.

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“Tóquio acabou, mas esse ano ainda temos mundial então não podemos parar. E ai, Paris? Vou conversar com meu treinador ali e vamos ver. Por mim sim. Quero mudar a cor dessa medalha”, afirmou Beatriz Ferreira logo depois de receber a medalha de prata de Tóquio. Se a atleta disse que vai conversar com o técnico, Mateus Alves já tem na ponta da língua o que considera melhor para a medalhista.

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“É muito mais vantagem para ela seguir para uma segunda Olimpíada e tentar uma segunda medalha olímpica. Ela vai ter uma visibilidade muito grande e em nível financeiro ela já tem recursos muito altos. A Bia é a atleta do boxe de todos os tempos que mais tem patrocínio. Ela tem MRV, Petrobrás, Nike, bolsa pódio, salário dos militares e salário da CBBoxe. Para uma proposta profissional bater o que ela vai ganhar depois da Olimpíada, é muito difícil e ela está muito focada em ir para uma segunda Olimpíada e ser duas vezes medalhista olímpica. A gente tem uma meta dela ser uma das maiores atletas olímpicas do país e, para isso acontecer, ela precisa de mais medalhas olímpicas”, explica o treinador.

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Mateus Alves tem também confiança de que, além de Beatriz Ferreira, os outros medalhistas brasileiros em Tóquio, Hebert Conceição, que ganhou o ouro na categoria até 75 kg, e Abner Teixeira, bronze até 91 kg, continuem no ciclo para Paris. “Esse grupo que está aqui vai ficar, a não ser que venha uma proposta muito boa do boxe profissional dos Estados Unidos, mas é difícil. Hoje uma proposta para um medalhista olímpico vai ficar em 50 mil dólares para assinar o contrato com cinco lutas iniciais. Só que não tem muita vantagem porque perde o salário e vai ter que começar a pagar toda a estrutra de treinamento e o estafe. Hoje com a equipe olímpica permanente, os atletas têm o bolsa atleta, o salário da CBBoxe e o salário das forças armadas. Financeiramente falando, eles têm muito mais vantagens porque estando na equipe olímpica a gente dá casa e comida, paga todas as contas de luz, telefone. Então, eles não têm custo nenhum. Só benefício financeiro e não precisam gastar para viver”, encerrrou Mateus Alves.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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