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Tóquio 2020

Flávia Saraiva fica em 7º e fecha campanha da ginástica artística do Brasil

Flávia Saraiva fazendo uma coreografia na trave

Tóquio – Superação! Flávia Saraiva conclui a participação da ginástica artística feminina com o 7º lugar na final da trave com a nota 13.133. O resultado pode ser considerado positivo, uma vez que a ginasta sentiu uma lesão no tornozelo direito no meio da classificatória e se recuperou a tempo da disputa. Com isso, a modalidade termina os Jogos Olímpicos de Tóquio com as duas medalhas conquistadas por Rebeca Andrade, ouro no salto e prata no individual geral.

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“Eu estou me sentindo muito feliz, foi uma vitória ter chegado na final Olímpica. Por tudo que eu passei, essa semana, nos últimos três meses, estar numa final olímpica já é a minha medalha. É incrível a sensação de estar na minha segunda olimpíada e conquistar uma final”, contou Flavinha.

Em uma prova de alto nível, a brasileira foi a sétima a se apresentar. A nota de exigência já era alta. Com uma apresentação de poucos desequilíbrios e quase uma queda, tendo que apoiar na trave, Flavinha somou 13.133. Sendo esse número 5.700 de dificuldade e 7.433 de execução. O resultado a deixou com a sétima colocação.

“O desequilíbrio não foi o pé [que sofreu a torção], eu coloquei muita força no salto, eu estava com muita energia, eu queria muito estar ali. Eu sei o quanto eu trabalhei para me apresentar hoje na final. Há um mês e meio, eu não saberia dizer se conseguiria estar disputando uma final olímpica. Eu lutei todos os dias para estar aqui e isso é o mais importante de tudo. Eu tive um mês e meio para treinar para vir para a Tóquio. Eu treino há mais de cinco anos, mas quando você sofre uma lesão, fica três a quatro meses parado para tentar recuperar”, comenta.

O pódio foi composto pelas chinesas em primeiro e segundo lugar, Chenchen Guan (14.633) e Xijing Tang (14.233), respectivamente com ouro e prata. E Simone Biles conquistando a medalha de bronze na terceira colocação. O pódio foi composto inteiramente por notas de 14.000 para cima.

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CLASSIFICATÓRIA

Para se credenciar para a disputa da final, Flávia Saraiva fez uma apresentação com 5.900 de dificuldade e 8.066 de execução, que na soma lhe rendeu a nona melhor nota com 13.966. A trave foi o primeiro aparelho na classificatória. Depois, na apresentação do solo, Flávia sentiu uma lesão no tornozelo direito e parou a disputa do individual geral sem concluir os últimos dois aparelhos.

SIMONE BILES

A ginasta saiu de quase todas as finais por escolha pessoal pensando em sua saúde mental. Simone Biles optou por disputar somente a final da trave. Os presentes ovacionaram a ginasta, que teve uma apresentação excelente na trave. Com 6.100 de dificuldade e 7.900 de execução, ela somou 14.000, o que foi o suficiente para lhe garantir a medalha de bronze.

“Eu acho que foi uma grande participação da Simone Biles. Ela foi uma pessoa que deu um up na modalidade e o poder de fala dela é enorme. É muito importante ela falar o que realmente acontece na vida dos atletas. Eu sei o que ela passou, porque isso já aconteceu comigo e acontece na vida de vários atletas, não importa a idade, não importa o momento. E ver que ela aqui hoje e conseguir quebrar essa barreira é uma vitória muito grande. Eu acho que esse reconhecimento vale mais que a medalha pra ela”, falou Flávia.

HISTÓRICO DA GINÁSTICA EM TÓQUIO

A ginástica artística do Brasil sai vitoriosa e histórica. Pela primeira vez na história, conquistou medalhas no feminino. As duas medalhas vieram com Rebeca Andrade, uma prata no individual geral e a medalha de ouro na prova do salto.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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