Dos três brasileiros que disputaram as eliminatórias do salto triplo, quem teve o melhor desempenho foi Mateus Sá. Com a marca de 16,49 m, mas ficou longe da classificação para a final. Ele terminou em 20.º lugar e a última vaga para a disputa de medalha ficou com Hugues Zango, da Burkina Faso, que saltou 16,83 m. O melhor desempenho foi do português Pedro Pichardo, que passou em primeiro lugar com 17,71 m, seguido por Necati Er, da Turquia, com 17,13 m e Yamin Zhu, da China, com 17,11 m.
“Estou feliz, orgulhoso, comecei a prova bem, no primeiro salto fiz 16,49m. Acho que faltou um pouco de tranquilidade quando vi que estava ali na briga. Tinha que saltar para melhorar minha marca. Agora a gente encerra o ciclo Tóquio, começa o ciclo Paris e tenho certeza de que chegarei maduro, mais preparado. Tenho que agradecer aos meus treinadores, ao meu clube, principalmente num ciclo tão complicado. Eu vi que tenho condições de brigar de igual para igual e esse é um ponto em que vou focar bastante”, analisou Mateus Sá.
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Mateus Sá conseguiu sua melhor marca logo na primeira tentativa, mas depois queimou a segunda e fez apenas 16,33 m na terceira. Principal nome do Brasil na prova por conta da medalha de prata conquistada no Mundial indoor de 2018, Almir Júnior terminou apenas em 23.º lugar. Depois de queimar a primeira tentativa, o saltador fez duas vezes 16,27 m. Na última, pulou muito antes da tábua de impulsão e acabou perdendo pelo menos 25 cm ali.
“É difícil pelo tempo de trabalho, por quanto se espera esse momento, pelo que abdiquei. A gente abre mão da vida por este momento. E eu saio bem frustrado por não ter desempenhado o que eu esperava, por não ter conseguido brigar por uma medalha, pelo trabalho da minha equipe, pelo empenho, pelo sonho de todo mundo, isso é o que mais dói. O seu sonho vira o sonho de todo mundo que trabalhou, que se empenhou, que está em casa torcendo. Tive uma temporada bem inconstante. Não posso chegar aqui e colocar a culpa na pandemia. Não tenho desculpa para dar. No início eu optei por algumas coisas que podem ter colaborado para isso. É difícil vir aqui e desempenhar um resultado se eu estou inconstante. Não é só o momento, o nervosismo, isso também, mas infelizmente tive uma temporada inconstante e cheguei sem saber o que aconteceria. O que me alivia um pouco é saber que essa é minha terceira temporada de salto triplo. Tudo é muito novo, ainda estou aprendendo e tenho certeza de que ainda estou aqui e vou brigar por uma medalha, eu devo isso para todo mundo que acredita, que trabalha comigo, eu devo isso para mim por tanto que trabalhei para chegar aqui. Agora é zerar. Eu quero trabalhar, quero temporadas constantes, quero grandes resultados, estar mais tranquilo, com mais bagagem, sabendo o que vou fazer ou não”, se desculpou Almir Júnior.
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Terceiro brasileiro na disputa do salto triplo, Alexsandro Melo, o Bolt, pulou 15,65 m em sua primeira tentativa, mas sentiu uma lesão e abandonou a disputa. A marca deu a ele o 26.º lugar.
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“Hoje foi complicado, senti o joelho, mas estou feliz, é a realização de um sonho. Assisti aos Jogos de 2008 e quis fazer atletismo inspirado na Maurren. Mas eu não sabia que prova ia fazer. Passei do salto em distância para o triplo e fiquei muito feliz. Se lutei cinco anos para chegar aqui porque não me classifiquei para o Rio 2016, vou brigar mais três para ir ainda mais forte para Paris”, prometeu Bolt.