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Tóquio 2020

Falta de ventos adia regata da medalha de Martine Grael e Kahena Kunze

Bem na regata decisiva da 49er FX, o vento fraco impediu a saída dos barcos no porto de Enoshima

Enoshima vela
Dia de calmaria no Porto de Enoshima (João Fraga/OTD)

De Tóquio – A expectativa de medalha para a dupla Martine Grael e Kahena Kunze era grande em Enoshima, local os estão sendo realizadas as competições da vela nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas o vento não deu as caras e nenhum barco foi para o mar nesta segunda-feira (2).

Torben Grael, treinador da equipe de vela do Brasil durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, falou sobre as condições que não permitiram a realização de nenhuma regata.

“É uma coisa normal, aqui aconteceu pouco até, mas na Rio-2016 também aconteceu. A gente depende do vento e hoje estava muito complicado, primeiro o vento muito fraco, depois uma frente que pode trazer uma chuva mais forte”.

Martine Grael e Kahena Kunze, da classe 49er FX e atuais campeãs olímpicas, estão na segunda colocação e vão disputar a regata da medalha, que foi adiada para terça-feira (3), às 00h33 (horário de Brasília).

“Nessas condições não daria uma boa regata, seria loteria e não seria bom decidir assim. Embora elas sejam muito boas em clima confuso, elas se adaptam bem, ter uma regata final mais técnica é bonito para o campeonato”, concluiu Torben Grael.

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Martine Grael e Kahena Kunze - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 - Robert Scheidt - vela
Martine Grael e Kahena Kunze tiveram um dia de descanso causado pela falta de ventos (Instagram/kahezakunze)

Briga na 49er FX

A regata da medalha dá o dobro de pontos do que as regatas normais e vai definir o título na 49er FX. Após 12 regatas, a dupla brasileira está na segunda colocação, com os mesmo 70 pontos das holandesas Annemiek Bekkering e Annett Duetz.

Contudo, a dupla da Holanda leva vantagem pois tem um 5º lugar a mais do que Martine Grael e Kahena Kunza. Mas para brigar pelo ouro a conta é simples. As brasileiras precisam ficar à frente das holandesas e não terminarem a regata da medalha atrás das cinco primeiras colocações.

Outros dois barcos também ameaçam o bicampeonato de Martine e Kahena. O barco espanhol, com Tamara Echegoyen e Paula Barcelo, e Tina Lutz e Susann Beucke, da Alemanha. As britânicos Charlotte Dobson e Saskia Tidey estão 11 pontos atrás das brasileiras, mas não podem ser totalmente descartadas da briga pelo pódio.

Com 88 pontos, 18 atrás das brasileiras, as argentinas Victoria Travascio e Maria Sol Branz não ameaçam tanto, mas ainda possuem chances de pódio. Na vela, o vencedor de cada regata recebe um ponto, o segundo dois pontos e assim por diante.

Ou seja, quanto menor o número de ponto, melhor é a colocação geral.

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Barcos não foram para o mar devido às condições climáticas (Jonne Roriz/COB)

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470 feminina

Além da última regata da 49er FX, também seriam realizadas as duas últimas regatas da 470 feminina antes da regata da medalha. Fernanda Oliveira e Ana Barbachan estão na sétima colocação. Hannah Mills e Eilidh McIntyre, da Grã-Bretanha, lideram com folga e são as grandes favoritas em Tóquio.

Agnieszka Skrypulec e Jolanta Ogar, da Polônia, estão logo atrás e também estão cotadas ao pódio. Por sua ves, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan estão estão 35 pontos atrás das britânicas e 34 das polonesas.

A francesas Camille Lecointre e Aloise Retornaz estão na terceira colocação e possuem 25 pontos de vantagem para as brasileiras. Por isso, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan precisam subir bem nas duas últimas regatas para terem chances na regata da medalha, que fecha a disputa da classe nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

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