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Tóquio 2020

Paulo André falha em aceleração e fala em 10s05 para chegar na semifinal dos 100 m

Brasileiro passou pela primeira sessão eliminatória chegando em terceiro na bateria, mas não fica satisfeito com o desempenho. Paulo Bardi lamenta saída ruim e foca no 4×100 m

Paulo André - Atletismo - Jogos Olímpicos de Tóquio - Felipe Bardi 100m
(Wagner do Carmo/COB)

Tóquio – O brasileiro Paulo André conseguiu passar no limite pela primeira sessão eliminatória dos 100m rasos no atletismo dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Foi o terceiro colocado da sexta bateria marcando 10s17, dois centésimos à frente do iraniano Hassan Taftian na prova disputada na manhã deste sábado (31), pelo horário de Brasília. Passavam exatamente três por bateria, mais os três melhores tempos do restante dos corredores. Se dependesse desse segundo critério, estaria fora, pois a linha de corte ficou em 10s12. No geral, fez apenas o 26º tempo. Felipe Bardi e Rodrigo Nascimento também competiram e acabaram eliminados.

“Foi uma prova que eu precisei mudar a estratégia. Tive uma boa saída, mas uma má aceleração e quando eu consegui acompanhar, eles fugiram um pouco. Foi quando pensei em tranquilizar para atacar no final”, explica. “Entrei para melhorar o meu tempo, mas no meio dela tive de ter paciência para mudar essa estratégia. Agora é trabalhar mentalmente minha recuperação para chegar na semifinal bem”. Paulo André tem em mente o que precisa fazer. “Tem de ser abaixo do 10s05, 10s10. Perto do meu PB”.

Paulo André - Atletismo - Jogos Olímpicos de Tóquio - Felipe Bardi 100m
(Wagner do Carmo/COB)

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Sem procurar desculpas, ele contou que quando alguém queima a largada dos 100m, o que ocorreu na prova dele, sempre atrapalha. “Um ‘heat’ (bateria) anterior também teve duas queimadas, então a gente ficou um bom tempo ali esperando. Eu amarro a minha sapatilha – óbvio que isso não é desculpa – bem perto do tiro e amarro bem forte. O sangue começou a prender no meu pé, eu fiquei agoniado. Essas coisinhas, querendo ou não, fazem um pouquinho a diferença, mas a gente tem de estar pronto para qualquer situação.”

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Classificado, Paulo André afirma que assim que sair a lista dos classificados vai pensar na estratégia para chegar na semifinal. “To bem distante, mas sabendo que eu tenho potencial para baixar muito esse tempo e chegar mais perto dos que estão brigando por medalha”, diz. “Preciso analisar a prova de todo mundo pra saber o que fazer. Mas agora é colocar o coração na sapatilha, sair forte. Entrei sabendo que ia ser difícil e não foi diferente.” A semifinal começam às 7h15 da manhã, pelo horário de Brasília, neste domingo (1º).

Agora é pensar no 4×100 m

Felipe Bardi correu antes, na segunda bateria dos 100m rasos dos Jogos Olímpicos. Ficou em quinto lugar com 10s26 e acabou eliminado. “Eu queria correr a minha melhor marca pessoal. Eu cheguei aqui bem, treinei bem. O ano inteiro eu corri diversas vezes abaixo do 10s20, até abaixo de 10s15, mas eu sai mal. Isso é uma coisa que eu preciso consertar com os treinos. Esse são os meus primeiros Jogos Olímpicos e agora é pensar no revezamento 4x100m”, disse. “Eu queria ter feito uma prova melhor, para passar para a semifinal, abaixo de 10s10, que é o recorde brasileiro. Agora o 4x100m a gente tem chances reais de medalha, temos treinado muito bem.” Rodrigo Nascimento marcou 10s24 e foi o sexto da sétima bateria.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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