Tóquio – Vem medalha aí! Nessa sexta (30), o brasileiro Abner Teixeira venceu Hussein Eishaish Hussein Iashaish, da Jordânia, por 4 a 1. O que já garante uma medalha ao Brasil no boxe, uma vez que a classificação para a semifinal na modalidade significa, no mínimo, o bronze. Agora, encara o cubano Julio La Cruz, nesta terça (03), às 6h50 (horário de Brasília).
+ Conheça mais da história do boxeador Abner Teixeira
No primeiro round, a luta já começou muito movimentada, mas Abner saiu em desvantagem, os juízes deram 3 a 2 para o atleta da Jordânia. Com muito apoio e gritaria da comissão técnica que torcia por Abner, ele buscou o placar e fez um excelente segundo round, que ocasionou a decisão de 4 a 1 a seu favor.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
“No primeiro round, cara veio como um trator para cima de mim. A gente já sabia que ele viria assim, mas mesmo assim eu não esperei. No segundo round, eu comecei a conseguir pegar uns contragolpes bem encaixados no corpo, porque eu vi que ele estava sentindo desde o primeiro round. Na cabeça, isso vai drenando o cara. No segundo round, eu consegui equilibrar,” contou pós luta Abner.
Tudo ficou para ser decidido na última parcial, tensão e apoio com gritos de “Brasil, Brasil”, nesse momento nem era possível lembrar que não tinha torcida presente, a comissão técnica e os outros atletas faziam muito barulho. Abner era muito celebrado, correspondeu no ringue e fechou o último round, também, por 4 a 1. Resultado final 4 a 1, uma vaga na semi e a garantia de, no mínimo, um bronze para o Brasil no boxe.
“E no terceiro (round) eu sabia que teria de ir para o tudo ou nada. Um a um, medalha olímpica em jogo. Foi guerra.No segundo round para o final, ele já estava parando com aquela loucura do primeiro. Foi só eu continuar, batendo no mesmo lugar. Incomodando, incomodando. Mostrar que eu estava ali. Em nenhum momento ali eu podia ir para trás e deixar ele levar a luta porque sabia que, com certeza, eu teria perdido”.
“TORCIDA BRASILEIRA”
“Brasil estava em peso. Mas a torcida dele também, estavam gritando para caramba. Mas o Leo (treinador), o Hebert, o pessoal não deixou a desejar, não. Eles gritavam também, o Keno. Não deixaram a desejar. ‘Levanta o braço, levanta o braço’. Ele estava respondendo rápido, em cima da minha guarda. Mas eu resolvi isso batendo por cima do golpe dele. E foi indo”.
IMPORTÂNCIA DA MEDALHA
“A medalha é importante, mas não só a medalha olímpica. Qualquer luta. Está no meu instinto, eu sou lutador. Qualquer luta que estiver assim, eu sabia que teria que ir para o tudo ou nada. Se fosse medalha olímpica ou no quintal em alguma casa, mas seria do mesmo jeito,” conta.