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Tóquio 2020

Portela fica nas oitavas e Rafael Macedo cai na estreia no quinto dia do judô

Brasileira perde para russa Madina Taimazova em combate com quase 15 minutos de duração, decidido nas punições. Macedo caiu após tomar ippon em 31 segundos

Maria Portela jogos olímpicos Tóquio-2020 judô
Foi waza-ari ou não? (Gaspar Nóbrega/COB)

Tóquio – Dia ruim para o judô brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Maria Portela venceu apenas a primeira luta e caiu nas oitavas de final após uma doída derrota para a russa Madina Taimazova. Rafael Macedo também participou, mas perdeu logo nos primeiros segundos da estreia, para o cazaque Islam Bozbayev. No sexto dia, marcado para começar na noite desta quarta (28) no Brasil, competem Mayra Aguiar (78kg) e Rafael Buzacarini (100kg) com acompanhamento ao vivo aqui no OTD. O Brasil já conquistou uma medalha no judô, um bronze com Rafael Cargnin, nas disputas realizadas na Nippon Budokan.

Maria Portela venceu bem rápido a primeira, contra Nigara Shaheen, do Equipe Olímpica de Refugiados. Projetou a rival em menos de 30 segundos. A segunda, porém, foi uma batalha definida apenas nas punições depois de quase quinze minutos de combate. Em um dado momento do golden score, Portela projetou a russa para um suposto waza-ari, a decisão foi para a checagem de vídeo, que não confirmou a pontuação. Com as duas atletas exaustas, a russa conseguiu mostrar mais iniciativa forçando a terceira e última punição para a brasileira. Naquela altura da disputa, ambas estavam penduradas com duas penalidades. As duas já haviam se enfrentado nesse ano, na final do Grand Slam de Tbilisi, na Georgia, com vitória da brasileira também nas punições.

Maria Portela jogos olímpicos Tóquio-2020 judô
Ippon rápido na primeira luta (Gaspar Nóbrega/COB)

Sem reclamações

“As duas estavam cansadas. Como a luta estava muito longa, ela teve um pouquinho mais de iniciativa naquele final e eu acabei tomando a punição. Tava muito parecida. Eu estava percebendo que ela estava muito desgastada, só que ainda assim tava colocando golpe na minha frente, mesmo sem efetividade. Isso é como se ela tivesse dando mais volume, buscando efetividade e por mais que eu quebrasse o volume – eu quase joguei duas vezes – ainda assim não foi o suficiente”, disse a brasileira. Sobre a arbitragem, nada de reclamação. “Se agente não definir, ele tem de definir. Não é culpa dele, eu que tinha de ter imposto mais o ritmo, ter sido mais agressiva, por mais que não fosse efetiva. Foi o que ela fez e acabou levando. É detalhe. Mais uma vez eu fico fora por um detalhe bem pequeno.”

“Eu to muito triste por não ter conseguido seguir na competição. Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força para chegar até aqui, tive alguns desafios para na classificação olímpica e agradeço a todos que tiveram comigo nesse período”. Apesar da derrota, os Jogos Olímpicos ainda não acabaram para Maria Portela, que está escalada para a disputa por equipes. “Espero que eu possa contribuir para a competição por equipes, sou um ponto importante. A gente não tem a 57 (quilos), é a Lari (Larissa Pimenta, da 52kg) que vai entrar. O foco agora é a competição por equipes. Nós somos uma equipe muito forte e temos condição de estar nesse pódio.

Maria Portela jogos olímpicos Tóquio-2020 judô
(Gaspar Nóbrega/COB)

Derrota relâmpago

Rafael Macedo (90kg) foi o primeiro a lutar tomou um ippon seoi-nage com 31 segundos de combate. Ele também volta para a competição por equipes, marcada para começar na noite de sexta-feira (30) pelo horário de Brasília, último dia do judô nos Jogos Olímpicos. “Ainda não acabou. Tem a competição por equipes. O individual foi bem ruim, não era o que eu estava esperando, nem para o que eu me preparei. Agora é focar na por equipes”, falou, assim que deixou o tatame. “Eu agradeço a Deus por estar aqui. É muita bagagem para chegar aqui, então já é muita experiência. Projeto Paris, com certeza, mas ainda não é o momento para pensar nisso”.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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