Fez história! Pela primeira vez, o Brasil teve dois mesa-tenistas nas oitavas de final do torneio individual de tênis de mesa dos Jogos Olímpicos. Tsuboi foi o primeiro a voltar a jogar às 4h30 da manhã contra Yun Ju Lin, de China Taipei e não conseguiu avançar. Derrota em um jogo emocionante e com muita dificuldade para o adversário por 4 a 2 com parciais de 11/5, 11/7, 11/2, 9/11, 9/11 e 12/11.
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“Depois do jogo fica aquele gostinho de quero mais, dava para ser um pouco melhor, tive três sets points no sexto set e alguns detalhes que determinaram que ele conseguisse encostar. Meu saque não saiu muito bem quando eu vencia por 10 a 8. Agora a gente fica remoendo as coisas que deram errado, mas no geral foi um jogo muito bom”, comentou Tsuboi.
Na partida das oitavas, Ju mostrou suas credenciais para buscar uma medalha em Tóquio. Golpes rápidos e de extrema potência fizeram parte do repertório do jovem desde o primeiro set. Na segunda parcial, Tsuboi, com quase o dobro da idade (36 anos contra 19 do asiático) conseguiu equilibrar um confronto em que perdia por 5 a 1.
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O técnico Francisco Arado, o Paco, pediu tempo no terceiro set, quando Tsuboi ainda não conseguia emplacar uma boa sequência. Mesmo assim, não conseguiu reverter o quadro favorável ao adversário. Na quarta parcial sim, o reflexo das palavras do comandante fizeram efeito. Tsuboi mostrou que não estava disposto a ir embora sem lutar. Recobrou a confiança no jogo e venceu por 11 a 9, com grandes momentos na mesa.
Ele manteve o ritmo intenso no quinto, proporcionando alguns dos melhores lances do confronto. Quando parecia tudo perdido, conseguiu uma virada fantástica e venceu mais uma parcial, mantendo-se vivo no jogo. Iniciou o sexto set na mesma velocidade, abrindo 4 a 0. Era dono do jogo e teve três set points. Porém, não fechou e permitiu a virada de Ju. Fim de jogo: 4 a 2.
“Ele estava me dominando, eu não conseguia me adaptar ao estilo dele, tem uma técnica muito apurada. O ritmo dele estava muito rápido para mim. Foi fundamental que o Paco estava ali comigo para me colocar nos trilhos, aproveitar o momento de estar num Jogos Olímpicos. Isso foi fundamental. Ele falou para eu celebrar cada ponto porque fazer ponto nele é muito difícil. Esse conceito deu muito certo, consegui ganhar dois sets, quase três. Acho que eu consegui deixar ele desconfortável, o que não acontece muito”, completa.
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CAMPANHA
Gustavo Tsuboi passou por Quadri Aruna, da Nigéria, por 4 a 2 com parciais de 13/15, 11/9, 11/6, 7/11, 11/7 e 11/6. “Estou muito contente, ainda não caiu a ficha. Evento especial por conta das outras Olimpíadas em que não tive a performance que eu gostaria, a pressão por um bom desempenho era muito grande. Nesse jogo foi muito de estratégia. O ponto principal foi manter o foco e a concentração para ir me adaptando ao jogo dele. No começo tive dificuldades a me adaptar ao saque dele, ao forhand, mas depois o jogo foi fluindo e consegui me antecipar ao que ele pretendia”.