A brasileira Jaqueline Mourão fez história novamente. Nessa terça-feira (27) a atleta do ciclismo mountain bike terminou sua sétima participação em Jogos Olímpicos. Na prova do Cross Country feminino de Tóquio, a cicilista fechou em 35º lugar., duas voltas atrás da campeã da suíça Jolanda Neff. Seu país, por sinal, dominou a prova feminina e fez o pódio triplo. A prata ficou com Sina Frei e o bronze com Linda Indergand.
+ Confira o guia olímpico com todas as modalidades e todas as provas de Tóquio 2020
“Foi a prova mais desafiadora da minha carreira, circuito num outro nível, muito técnico, exigência de atenção o tempo todo. Me preparei muito para essa prova. Estou com o ombro lesionado, então, foi um desafio grande antes da prova. Feliz na minha parte técnica. Senti a respiração, não consegui entrar no ritmo da prova. Mas minha 7ª participação olímpica, fazendo história, fechando um ciclo muito bonito de 30 anos no mountain bike, muito feliz de fechar aqui nos Jogos Olímpicos. Dei tudo que eu pude e queria agradecer a todos pela torcida, pelo carinho. Minha volta ao MTB foi muito importante para mim e muito feliz de poder representar meu país mais uma vez,” avaliou Jaqueline, recordista em participações olímpicas ao lado de Robert Scheidt,Formiga e do cavaleiro Rodrigo Pessoa.
“Foi tudo muito diferente por causa da pandemia. Mas eu levo muita esperança de que todos juntos podem fazer a diferença. A preparação não foi a ideal, tivemos muito contratempos, todas as etapas que tivemos que parar de treinar. Todos que estão aqui representam a esperança e o que é o Olimpismo: lutar e representar da melhor maneira possível. Feliz que Tóquio 2020 ocorreu e que todos os atletas puderam realizar seu sonho de estar nos Jogos Olímpicos,” completou Jaqueline Mourão..
Nas duas estações
Experiente, a atleta de 45 anos participou de sua terceira Olimpíada de Verão e seu sétimo evento olímpico na carreira, já que disputou quatro Olimpíadas de Inverno.
Alternando bons resultados nas duas modalidades, a atleta decidiu se afastar da bicicleta em 2008, logo após a dispuia dos Jogos Olímpicos de Pequim, que era o terceiro na sua carreira. Naquele momento, Jaqueline optou por focar suas atenções nos esportes de gelo, que já haviam lhe rendido a participação dos Jogos Olímpicos de Inverno de Torino de 2006.
Durante os dez anos em que esteve focada nas disputas na neve, a atleta participou de mais três edições do evento olímpico de inverno: Vancouver, no Canadá, 2010, Sochi, na Rússia, 2014, e PyongChang, na Coreia do Norte em 2018. Apesar disso, a frustação de ter perdido a medalha durante os Jogos Pan-Americanos no Rio 2007, em que finalizou na quarta colocação, ainda perseguiam a atleta, que decidiu retomar as pedaladas em 2018 para tentar apagar aquele resultado frustrante conquistado no Brasil.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK
No masculino
O brasileiro Henrique Avancini ficou em 13º na prova do cross country do ciclismo Mountain Bike dos Jogos Olímpicos de Tóquio, melhor resultado do país na história da competição. Ele melhorou 10 posições em relação ao resultado da Rio-2016, quando foi o 23ª colocado. O outro brasileiro na prova, Luiz Henrique Cocuzzi, terminou em 33º lugar. O vencedor foi o jovem britânico Thomas Pidcock, de apenas 21 anos, atual campeão mundial sub-23. A prata foi para o suíço Mathias Flueckiger e o espanhol David Valero Serrano abocanhou o bronze.
Nino Schurter ficou em quarto e pela primeira vez não foi ao pódio do cross country nas quatro participações olímpicas que soma com a de Tóquio. Venceu na Rio-2016, foi prata em Londres-2012 e bronze em Pequim-2008. Seu ‘algoz’, Valero Serrano, assumiu a terceira colocação na última volta e ficou muito emocionado ao cruzar a linha na frente do suíço. Importante destacar também que Pidcock quase ficou fora dos Jogos Olímpicos, conseguiu a vaga somente depois de vencer a badalada etapa de Nove Mesto da Copa do Mundo este ano.