O Brasil disputará sua quinta final nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na natação. Com direito a novo sul-americano, Guilherme Costa, o Cachorrão, fez o 5º melhor tempo nos 800m livre. Pouco antes, Fernando Scheffer, medalhista de bronze nos 200m livre ontem, Luiz Altamir Melo, Breno Correia e Murilo Sartori cravaram 7min07s73 no revezamento 4x200m livre masculino e garantiram a oitava vaga da final olímpica.
Fernando Scheffer, Breno Correia, Murilo Sartori e Luiz Altamir disputarão a final do 4x200m nessa noite. Terão a companhia de Léo de Deus, que ontem conquistou a vaga na noite de ontem nos 200m borboleta.
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A noite no Japão (manhã no Brasil) só não foi perfeita para a natação do Brasil porque Pedro Spajari e Gabriel Santos, representantes dos 100m livre, não nadaram bem e passaram longe das semifinais. Confira um resumo das três provas.
A primeira final de Cachoarão
Em sua estreia olímpica, Guilherme Costa, carinhosamente conhecido como ‘Cachorrão‘, fez boa prova, mas não conseguiu avançar à final. Nos 400m livre, o melhor nadador da Seletiva Olímpica fez 3min44s99, 14 centésimos acima do recorde sul-americano que havia batido em abril, e terminou em 11º.
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Sem se abalar, Cachorrão voltou hoje os 800m livre, na quinta bateria e foi perfeito. Muito consistente e quase o tempo inteiro na segunda colocação, nadou para 7m46s09, estabelecendo um novo recorde Sul-Americano. Na bateria ficou atrás apenas do austríaco Felix Auboeck. Ao final da prova, a marca lhe rendeu o quinto melhor tempo.
Guilherme Costa nadará a sua primeira final olímpica na quinta-feira (29).
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— CBDA (@CBDAoficial) July 27, 2021
No limite
Muito em função da prova de Scheffer ontem, o Brasil optou por abrir com Luiz Altamir, que entregou o revezamento em sexto para o medalhista olímpico. Scheffer caiu na água, e apesar das boas parciais, não conseguiu melhorar a classificação do país.
Na sequência, foi a vez de Murilo Sartori cair na água. O paulista de 18 anos foi muito bem e conseguiu recuperar duas posições.
Breno Correia teve a missão de fechar, mas não decepcionou. Fazendo uma parcial abaixo dos 24s nos primeiros 50m e mantendo o ritmo durante a prova todos, manteve o quarto lugar. na última piscina cansou e foi ultrapassado pelo alemão.
O tempo do 4x foi pouco acima do recorde sul-americano de 7min07s12, obtido no Mundial de Esportes Aquáticos da Coreia do Sul de 2019, mas suficiente para colocar o Brasil na raia oito da final, a mesma que deu o bronze a Scheffer ontem. É a primeira vez que o país nadará a final desde a Olimpíada de Barcelona em 1992.
Em sua bateria, o Brasil ficou atrás da Grã-Bretanha (7min03s25), Austrália (7mino5s00), EUA (7min06s76) e Alemanha (7min06s76). Na primeira semifinal, a Itália, o Comitê Olímpico da Rússia e a Suíça também avançaram.
Bom ora medalhar?
Como dito, o melhor tempo conquistado pelo revezamento 4x200m foi no Mundial de natação 2019: 7min07s12. A medalha de bronze na Rio 2016 saiu com 7min03s58. Na ocasião, a prova foi mais forte e o bronze veio só com 7min01s98.
Para atingir algo próximo a esses números, os quatro nadadores têm, em teoria, que no mínimo baixar ou ficar próximo a casa de 1min46s, com ao menos um atleta na casa de 1min45s. Para que isso ocorra, todos terão que baixar seus melhores tempos (Fernando 1min44s66 – obtido ontem, Breno 1min46s65, Murilo 1min46s81 e Luiz Altamir 1min46s84). Se isso ocorrer, o Brasil brigará por medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio.