O Brasil está classificado para as quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Nesta terça-feira (27), a seleção feminina usou um time misto, dando descanso para algumas jogadores, e fez uma partida duríssima fisicamente com a Zâmbia. E mesmo jogando com uma mais durante quase todo o jogo, a equipe venceu apenas pelo placar de 1 a 0.
A seleção feminina teve bastante dificuldade no duelo com a Zâmbia, que fazia um jogo muito truncado e faltoso. Logo no começo do primeiro tempo, a equipe africana perdeu sua zagueira, expulsa, e mais duas jogadoras, entre elas a goleira, por choques com atletas brasileiras. Em dois deles, Bia Zaneratto e Poliana também levaram a pior e precisaram ser substituídas, mas não preocupam.
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Com o resultado, o Brasil encerra a primeira fase na segunda colocação do Grupo F, com sete pontos, mesma pontuação da Holanda, que leva a vantagem no saldo de gols. Assim, a seleção feminina brasileira vai encarar o Canadá, que terminou em segundo do Grupo E, enquanto as holandesas enfrentam os Estados Unidos, que ficaram na vice-liderança do Grupo G.
O confronto de Brasil e Canadá abre as quartas de final e acontece nesta sexta-feira (30), às 5h (de Brasília). Vale lembrar que em seis edições olímpicas até hoje disputadas, a seleção feminina figurou entre os quatro melhores por cinco vezes, ficando de fora somente em Londres 2012. A equipe foi medalha de prata em Atenas 2004 e Pequim 2008, mas desde então não subiu mais ao pódio olímpico.
O jogo
Primeiro tempo
Pia optou por mexer bastante no time, que foi a campo com: Bárbara, Letícia Santos, Poliana, Rafaelle e Jucinara; Formiga, Angelina, Andressa Alves e Marta; Ludmila e Bia Zaneratto. A partida começou bastante tensa e pegada. Como era de se imaginar, seria um jogo físico, de muito contato. Nos primeiros minutos, o Brasil chegou com perigo em algumas oportunidades, enquanto Zâmbia também respondia, obrigando Bárbara a trabalhar.
Aos 13 minutos, Ludmila sofreu uma falta fora da área pela última zagueira em situação clara de gol. A jogadora da Zâmbia foi expulsa e quem levou a pior ainda foi a goleira, que se chocou com a brasileira e saiu de maca. Na cobrança da falta, Andressa Alves mandou no canto esquerdo da goleira e marcou um golaço para abrir o placar. Logo na sequência, mais um choque de cabeça perigoso entre Bia Zaneratto e Kundananji, e ambas precisaram ser substituídas.
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Jogo de bola mesmo, foi pouco. A partida era muito truncada e parava o tempo todo com falta. Mesmo com uma jogadora a mais, o Brasil não conseguia encaixar as jogadas e deixava as linhas pouco compactas, dando mais espaço para a Zâmbia.
O confronto foi tão paralizado que a árbitra deu 14 minutos de acréscimo no primeiro tempo. A seleção feminina do Brasil errava muitos passes, mas ainda conseguiu levar perigo nos minutos finais, com Angelina mandando uma bola no travessão da Zâmbia.
Segundo tempo
Marta e Forta foram substituidas no intervalo por Duda e Júlia Bianchi. Com o time bastante mudado, com oito jogadoras consideradas reservas, o desentrosamento da equipe ficou mais claro. A partida, no entanto, seguida muito truncada e com pouco jogo em si. Poliana fez falta na adversária, ficou sentido e precisou sair de maca, significando mais substituições.
Chances de gol quase não aconteceram de ambos os lados. A goleira da Zâmbia precisou trabalhar um pouco mais, mas sem muito perigo, enquanto Bárbara pouco fez. Andressa Alves foi a jogadora que mais se destacou e chamou jogo, tendo algumas chances de ampliar o marcador.
Debinha ainda entrou nos últimos dez minutos para tentar fazer um gol e aliviar a vida do Brasil. Ela que é a artilheira da seleção feminina na era Pia e já marcou duas vezes nestes Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela já chegou batendo falta e chamando a responsabilidade, mas não conseguiu mudar o marcador.
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