A seleção brasileira de vôlei feminino retornou à quadra nesta terça-feira (27) para a disputa da segunda rodada dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Diante da República Dominicana, o Brasil oscilou muito, mas mostrou a maior qualidade e venceu de virada no tie-break: 22/25, 25/17, 25/13, 23/25 e 15/12.
Fernanda Garay anotou incríveis 26 pontos e foi o grande destaque. Ela fez um pouco de tudo. Foram 22 pontos de ataque, dois de bloqueio e mais dois no saque. “Eu me questionei muitas vezes se eu seria útil para esse grupo. Estou dando tudo de mim”, disse a dona do jogo.
O jogo foi bem mais difícil do que a estreia em Tóquio, quando a seleção venceu a Coreia do Sul por 3 sets a 0. As dominicanas saíram na frente, tomaram a virada e forçaram o tie-break. Menos mal que o Brasil soube lidar com o momento de pressão e sobrou no fim do tie-break.
Contudo, Braylen Martinez fez 25 pontos e Zé Roberto comentou sobre as brechas dadas para a principal arma da República Dominicana. “A gente não pode permitir tanto ponto assim de uma bola cantada. A gente sabe que ela vai receber essa bola alta, mas ela passou pelo nosso bloqueio e defesa. Falhamos na execução”.
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Já Gabi Guimarães valorizou o jogo das adversárias e ressaltou que o Brasil entrou um pouco abaixo no jogo. “Faltou agressividade logo no começo da partida. Elas defenderam muito, mas a gente poderia ter entrado com um ritmo mais forte.”
O jogo
As dominicanas se multiplicaram em quadra. Nada caia do lados delas. Brenda Castillo é uma tremenda líbero, mas todo o time foi muito bem na defesa. No ataque, as irmãs Brayelin e Jineiry deitaram e rolaram. Fora os bloqueios, que deixaram Gabi e Tandara de queixo caído. A República Dominicana liderou quase que o primeiro set inteiro e saiu na frente.
Só que a história mudou completamente na segunda parcial. Macris passou a acelerar muito pelo meio e usar a china com Gattaz e Carol. Isso liberou Gabi, que cresceu demais. EM desvantagem, toda a alegria e empolgação das dominicanas evaporou. E tome ponto brasileiro. Um sonoro 25 a 17 para mudar o jogo.
E mudou mesmo, porque o terceiro set foi uma reprise, com um pouco mais de facilidade. A República Dominicana errou bem mais e o bloqueio brasileiro funcionou. Resumindo, o set acabou em 25 a 13.
Tenso
A República Dominicana já complicou algumas vezes para o Brasil, apesar do domínio tupiniquim. E o quarto set foi bem complicado. As dominicanas ajustaram a marcação pelo meio e voltaram a defender muito bem. O Brasil abaixou um pouco a guarda e ficou boa parte do set atrás.
Dos 15 pontos em diante, o Brasil igualou o placar e as equipes ficaram se revezando na liderança. Garay fazia um pouco de tudo, ace, bloqueio, recepção e ataque. Do outro lado, a liderança seguia com as irmãs Martinez.
Gabi errou uma bola. Na sequência, Carol ficou no bloqueio e a República Dominicana forçou o tie-break.
Decisão
Ponto do Brasil. Ponto das dominicanas. Parecia que seria assim até o fim. Mas o Brasil conseguiu abrir uma vantagem e o desespero bateu do outro lado. Já as brasileiras nunca se desesperaram, mesmo saindo atrás. No fim, deu a lógica.