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Tóquio 2020

Rebeca brilha, Flavinha se lesiona e Brasil avança a quatro finais

Dia de opostos para o Brasil, mas a comemoração de quatro finais; Rebeca no individual geral, salto e solo e Flavinha na trave

Ricardo Bufolin / CBG

Tóquio – Sorrisos e lágrimas. Brilho e lesão. A classificatória do Brasil na ginástica artística feminina foi de opostos para as duas amigas Rebeca Andrade e Flávia Saraiva. Enquanto Rebeca conseguiu avançar em 3 finais, com solo, salto e individual geral com o segundo lugar apenas atrás de Simone Biles; Flávia Saraiva passou na trave, mas sentiu uma lesão no fim da apresentação do solo e competiu só dois aparelhos. A brasileira busca a recuperação rápida para a disputa da final.

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Rebeca segunda melhor geral até aqui

“Muito bom, porque tem muito trabalho envolvido. Tanto de cinco anos atrás, que eu tive períodos e períodos e períodos que eu tive que ficar parada, quanto depois com a pandemia. E agora com essa volta, toda a equipe multidisciplinar faz parte disso. Eu não consigo me expressar sem citar, eu não estaria aqui sem eles. Eu tive a melhor oportunidade da vida, Deus me deu a oportunidade e eu soube usar. Essa Olimpíada não está sendo pra mim um sonho, eu coloquei ela como objetivo”,

A lesão de Flavinha

“Esse tornozelo foi o que eu já tinha machucado, há dois meses e tentei correr atrás de todo tempo perdido. Foram dois meses tentando voltar. Recuperando o tornozelo e tentando voltar. No meio da série de solo eu senti ele ficando mole, frouxo e a cada passada que eu fazia ele tava ficando um pouco mais mole, mas eu não queria desistir. Queria ir até o final, porque eu treinei os cinco anos. Eu queria ir em busca de tudo que eu podia fazer. Mas quando acabou o solo, eu vi que teria que escolher uma opção. Ou tentava a final do individual geral ou esperava a final da trave. Escolhemos a segunda opção pra não forçar o joelho pensando no individual geral. Conseguimos a final da trave e agora é tentar recuperar o tornozelo”. ‘Será que dá tempo’? “Eu tenho fé pra isso. Já que estou na Olimpíada vou tentar dar o meu 100%”, falou Flávia.

A competição

As brasileiras começaram a rotação na trave. Flávia Saraiva foi a primeira a executar sua série, teve uma apresentação comemorada com poucos desequilíbrios, e ficou com a nota 13.966. Na sequência, Rebeca Andrade teve alguns desequilíbrios, saiu bem do aparelho e ficou com 13.733. O resultado garantiu a final para Flavinha com a última vaga graças a três atletas chinesas na zona de classificação, então com o nono lugar.

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No aguardado solo, Flavinha abriu com uma boa apresentação, mas no último movimento ao aterrizar ela sentiu e levantou mancando. Saiu do tablado com dores e ficou com a nota 12.066. Ao som de baile de favela, Rebeca Andrade fez bonito com excelente execução e garantiu mais 14.066. A excelente performance garantiu a final para Rebeca no aparelho em terceiro lugar.

Momento triste. No aquecimento do salto, Rebeca em ação e Flavinha em conversa com a comissão técnica. Um abraço apertado das amigas, Rebeca volta para o aparelho e Flávia veste o uniforme. Sendo assim, a escolha de não saltar da parte de Flávia. Já Rebeca realizou dois excelentes saltos. O que lhe garantiu 15.400 e 14.800 com uma média de 15.100. Vinha encaminhada a vaga na final do aparelho e no individual geral. A final do aparelho veio com a quarta colocação.

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Fechando a apresentação, nas barras assimétricas, Rebeca foi muito bem, fez uma apresentação limpa e muito comemorada pela comissão brasileira no ginásio. O suficiente para te garantir 14.200 de nota e a classificação no individual geral com 57.399 e o segundo lugar, atrás somente de Simone Biles.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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