Tóquio – O brasileiro Daniel Cargnin conquistou a medalha de bronze logo na sua primeira participação em Jogos Olímpicos, na Tóquio-2020. Na luta que valia o pódio, bateu o israelense Baruch Shmailov por waza-ari, no segundo dia de competições do torneio de judô na capital japonesa, neste domingo (23). Ele venceu quatro dos cinco combates que fez, sendo derrotado apenas pelo campeão Abe Hifumi, do Japão, na semifinal. Assim, o gaúcho de apenas 23 anos conquista também a primeira medalha do judô brasileiro nos Jogos deste ano.
“Estou muito feliz. Me preparei muito. Só eu, meus amigos e minha família sabemos o quanto eu sofri quando foi adiado. Sempre tive um sonho de medalhar aqui em Tóquio. Estou muito feliz com isso, como o processo que eu tive, meus amigos, todo mundo me ajudou muito. Sem eles, sem o apoio, teria sido muito difícil”, disse, ainda antes de ir ao pódio pegar sua medalha de bronze.
Larissa Pimenta também lutou neste domingo, venceu a estreia e parou a seguir diante da japoensa Abe Uta Abe, irmã de Hifumi, que também levou o ouro. Ela também fez a estreia em Olimpíadas. No primeiro dia lutaram Erik Takabatake e Gabriela Chibana e, no terceiro, será a vez de Eduardo Katsuhiro com a sessão marcada para começar às 23h deste domingo (25). Acompanhe ao vivo aqui pelo Olimpíada Todo Dia.
Semifinal contra Abe Hifumi
Daniel Cargnin (66kg) começou a campanha vencendo o egípcio Mohamed Abdelmawgoud. Foi um combate duro, decidido apenas no golden score. Lá o brasileiro aplicou o ippon logo aos nove segundos. A seguir, enfrentou Denis Vieru, da Moldávia, e mais uma vitória no golden score, desta vez por waza-ari. O resultado colocou Cargnin nas quartas de final contra o italiano Manuel Lombardo, atual campeão europeu e vice-campeão mundial que chegou nos Jogos Olímpicos como número um do mundo. Um waza-ari a poucos segundos do fim garantiu Daniel Cargnin na semifinal. Ele já havia derrotado o italiano na final do Grand Slam de Brasília, em 2019. A seguir o brasileiro encarou Abe Hifumi e, apesar de fazer uma boa luta, acabou projetado. Com isso, foi para a disputa do bronze.
Larissa Pimenta
Larissa (52kg) começou a campanha contra a polonesa Agata Perenc e também só conseguiu resolver a luta no golden score. Passou para enfrentar Abe nas quartas de final, que imobilizou e despachou a brasileira. Os registros da Federação Internacional de Judô (FIJ) apontam que a japonesa não deixa de chegar a uma final desde 2016. Agora são 15 com 13 medalhas de ouro, incluindo os mundiais de 2017, 2018 e 2019. Essa também foi a primeira vez que Abe lutou em uma edição de Jogos Olímpicos.
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Após a luta, a brasileira comentou sobre a primeira experiência em Jogos Olímpicos. “Estar aqui é bom, mas poder levar uma medalha para o Brasil é melhor ainda. Estar aqui, dando o meu melhor, não tem coisa melhor. É aqui que eu queria estar e é aqui que estou”, disse. “O que vale é desfrutar de tudo o que eu tenho. Dei o meu melhor. Perdendo ou ganhando, eu cresci muito” Comentou também sobre a japonesa Uta Abe. “Dificuldade todo mundo tem com todo mundo, mas imbatível ninguém é. Acho que cada atleta tem o seu ponto forte, eu tenho o meu, todos os outros tem. (A força dela) está mais na raiz japonesa”