Tem dia que pouco ou nada dá certo e não dá para desistir. Marcus D’Almeida teve uma estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio bem frustrante, penou na qualificatória do tiro com arco, terminou no 40º lugar e não conseguiu classificar o Brasil para a disputa por equipes mistas. “Não foi bom, faz tempo que eu não atiro assim”.
Infelizmente, esse dia ruim de Marcus D’Almeida aconteceu bem na abertura do tiro com arco em Tóquio. Por outro lado, a qualificatória define a chave de confrontos e não elimina nenhum dos 64 atletas. Ou seja, a pontuação de 651 não é definitiva. “Ninguém aqui lembra quem foi o primeiro da qualificatória na Rio-2016, ou em Londres. O que interessa é daqui para frente”, disse o confiante arqueiro.
E o arqueiro tem muitos motivos para acreditar na recuperação. Ele é o atual 23º do ranking mundial, já foi o sexto do mundo em 2015, possui aproveitamento de 70% em confrontos e tem como melhor marca em uma qualificatória incríveis 692. Fora que vem de um oitavo lugar na Copa do Mundo de Paris, realizada antes do início dos Jogos Olímpicos.
Definitivamente, Marcus teve um dia ruim, fora da curva, mas longe de ser uma tragédia. “Hoje nenhuma flecha minha tocou na linha. Eu não tive um tiro que eu completamente errei. Credito muito ao vento, mas fui eu mesmo, afinal o vento é para todos.”.
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Mirando no adversário
Na fase 1ª fase eliminatória do tiro com arco, o brasileiro vai encarar o britânico Patrick Houston, que foi o 25º na qualificatória, com 658, sete à frente de Marcus D’Almeida. O confronto dos Jogos Olímpicos de Tóquio será o primeiro entre os dois. “Agora é treinar todos os dias possíveis, descansar também e trabalhar, trabalhar”, resumiu o brasileiro.
Patrick Houston é o atual 52º do ranking mundial, já foi campeão mundial júnior e foi o 17º colocado na Rio-2016, sua primeira olímpiada. Marcus D’Almeida foi o 33º atuando em casa. A disputa que dará vaga na segunda rodada da Olimpíada de Tóquio será realizada na segunda-feira (26), às 4h (horário de Brasília).
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Dupla fica de fora
Aliás, não foi só que Marcus D’Almeida que teve um dia ruim. Ane Marcelle também não foi bem e ambos não conseguiram a classificação para a competição por equipes mistas.
Apenas as 16 melhores duplas conseguiram a classificação para a disputa inédita em Jogos Olímpicos. Isso mesmo, o Brasil não vai participar da estreia por equipes mistas do tiro com arco.
Somando o desempenho de Ane Marcelle e Marcus D’Almeida, o Brasil somou 1287 e terminou no 20 lugar. A 16ª e última equipe a conseguir a classificação para as oitavas de final foi Bangladesh, que anotou 1297, 10 acima da soma dos brasileiros.