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Tóquio 2020

Tenistas brasileiros vão ao “inferno” para buscar a medalha no torneio masculino

João Menezes, Marcelo Melo e Thiago Monteiro fazem questão de enfrentar as altas temperaturas para se acostumarem às situações adversas que poderão encontrar no torneio

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Sem sombra no treino dos brasileiros (Gaspar Nóbrega/COB)

Tóquio – O verão japonês é realmente muito quente, até para os padrões brasileiros. Já há alguns dias os termômetros na capital Tóquio insistem em não baixar de 30°C, sendo que nesta terça-feira (20) a sensação térmica chegou perto dos 40°C, levando praticamente todo mundo a procurar desesperadamente uma sombra ou, preferencialmente, um abrigo com ar condicionado. Praticamente todo mundo, não todo mundo. Os brasileiros do tênis estão escolhendo justamente os períodos de mais calor para treinar. A ideia é se acostumar às situações mais adversas e conseguir ter alguma vantagem caso os jogos na Olimpíada sejam marcados para horários com altas temperaturas.

“Aqui está bem abafado. Na segunda treinamos às 11h, hoje vamos treinar ao meio-dia, pegar bem esses horários de pico do sol para adaptarmos nosso corpo e não sentirmos tanto o baque na hora do jogo. Estou acostumado, mas são condições difíceis, que eu particularmente gosto. Fisicamente me sinto bem, fazer essa preparação nesses horários é bom e sabemos que o adversário também vai sentir”, afirmou Thiago Monteiro, que jogará simples e também duplas, ao lado de Marcelo Demoliner. As disputas de tênis na Olimpíada começam no dia 24, no Ariake Tennis Park. Certamente sob muito calor.

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Brasileiros do tênis

Os jogadores brasileiros mostraram alegria e alívio em finalmente estarem nos Jogos após um ano de adiamento, mesmo com o calor. “Representar o Brasil é gratificante. Ganhar uma medalha olímpica é importante para a carreira de qualquer atleta. As pessoas acham que para o tenista não é porque temos os Grand Slams, mas Jogos Olímpicos são Jogos Olímpicos”, afirmou Marcelo Melo, que disputará a quarta edição do evento. “Os Jogos do Rio supostamente seriam meus últimos, mas agora espero que nem esses sejam. Estou jogando em alto nível, com energia e foco, espero usufruir muito bem dessa edição e quem sabe ganhar a tão sonhada medalha.” Na Olimpíada do Japão, joga ao lado de Bruno Soares, parceiro na Rio-2016 e em Londres-2012. Em ambas, pararam nas quartas de final. Em Pequim-2008, ele jogou ao lado de André Sá, parou nas oitavas.

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João Menezes, campeão dos Jogos Pan-americanos de Lima 2019 e primeiro tenista do Brasil a se classificar para Tóquio, prefere não fazer metas a longo prazo para sua participação nos Jogos. “Vou falar o que falei no Pan em 2019. Não é legal vir com um objetivo muito grande para não cair do cavalo. Vou jogo a jogo, tentando fazer o que venho treinando. Conforme for progredindo na chave poderei sonhar mais alto”, disse.

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