Essa é a mistura do Brasil com a Suécia, ginga brasileira com a organização sueca. É nesse ritmo que a seleção brasileira de futebol feminino está se preparando para a estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 diante da China. Marta, do requebrado brasileiro, e a técnica Pia Sundhage, que determina a cadência da equipe, comentaram, em coletiva, sobre a expectativa do primeiro Jogo no Japão.
A atacante Marta está prestes a jogar sua quinta olímpiada e se mostrou extremamente empolgada com a oportunidade. “Me faltam para descrever o quanto eu estou feliz”, disse. Dona de duas prata, Marta fez questão de expressar sua excitação com o momento. “É uma felicidade enorme poder estar aqui, na expectativa de viver ativamente mais uma olímpiada, muito feliz”.
Mais contida, mas não menos animada, Pia Sundhage agradeceu a oportunidade de comandar o Brasil em uma edição de Jogos Olímpicos. “É um momento especial, estou muito grata de estar no Japão, de podermos competir na olimpíada. Muito feliz e ansiosa para estrear no gramado e marcar alguns gols”, comentou a técnica sueca que está perto de completar dois anos à frente da seleção brasileira de futebol feminina.
O Brasil estreia diante da China nesta quarta-feira, às 5h (horário de Brasília), depois enfrenta a Holanda e fecha a participação na fase de grupos diante da Zâmbia. Afinadas, Marta e Pia Sundhage, cada uma ao seu modo, mostram que a seleção está pronto para a estreia.
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Empolgou
Foi definido pelo Japão e pelo Comitê Organizador de Tóquio 2020 que não teremos público nos eventos na região da Metrópole de Tóquio. “Obviamente que pra gente é super importante ter pessoas na arquibancada. É essa a emoção que o futebol passa, é até difícil imaginar sem torcida. Eu já estava preparada para este cenário”.
Mas como o Brasil encara a China no Hitomebore Stadium Miyagi, localizado na cidade de Myiagi, mais ou menos 370km da capital japonesa, Marta vai jogar diante da torcida e isso a deixou ainda mais animada. “A nossa torcida seria virtual, mas com essa notícia que teremos público, isso é uma motivação a mais, ficamos feliz.”
Bem à vontade na coletiva, a atacante, eleita seis vezes a melhor do mundo, também comentou sobre o esquema montado para ela por Pia Sundhage. “Se a Pia falou que o meu melhor está jogando mais pela lateral”, disse rindo e gesticulando ao lado da técnica sueca. “Eu sempre ouço e entendo. Estou querendo fazer o melhor possível, e na frente temos as novinhas correndo. Espero que essa misture dê certo para a gente colher bons frutos!”
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Misteriosa
Trabalhada na malandragem sueca, Pia Sundhage não revelou nada sobre qual será o time da estreia. “Mistério, eu gosto dessa palavra, acho que ela define bem o futebol”, disse com um sorriso maroto. “Eu vou seguir escondendo a escalação, espero que seja uma boa surpresa para as brasileiras e muito difícil para a China.”
E olha que a imprensa chinesa insistiu, mas a técnica sueca não cedeu. “Claro que a gente andou observando a China, mas eu não quero revelar as coisas. A China é sempre uma equipe técnica, forte e difícil de ser batida. Se quisermos vencer, teremos que jogar no nosso melhor nível.”
E o melhor nível da seleção brasileira de futebol feminino passa pela organização tática imposta por Pia Sundhage. “O Brasil está pronto, tenho certeza disso. Eu acho que a parte defensiva está bem mais sólida e o ataque está um pouco mais organizado, mas eu jamais tiraria o ‘samba style’, frase que arrancou risada de Marta.
É nesse clima harmonioso, misturado e cheio de estilo que a seleção vai estrear em Tóquio.