Isaquias Queiroz chega a Tóquio com objetivos ambiciosos. Depois de ser tornar o primeiro brasileiro a ganhar três medalhas numa mesma Olimpíada com duas pratas e um bronze na Rio-2016, o canoísta projeta se tornar em Paris-2024 o maior vencedor da história do esporte olímpico país. Para isso, precisa sair do Japão com mais duas medalhas no peito e ganhar outras duas daqui a três anos na França.
“Ganhar três medalhas em uma única edição foi uma coisa foda, me desculpe a palavra. Sei que posso chegar mais longe ainda. Chegar a sete medalhas é muita coisa. Treino bastante para me tornar um dos maiores atletas do Brasil”, afirma o canoísta.
Atualmente, os recordistas do Brasil são os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, que ganharam cinco medalhas cada. Nesta edição, Isaquias Queiroz pode igualá-los (isso se Scheidt não ganhar mais uma em Tóquio), mas não ultrapassá-los. O C-1 200 m, prova que deu a ele o bronze no Rio, saiu do programa olímpico e ele só vai disputar o C-1 1000 m e o C-2 1000 m. Para alcançar a meta de sete medalhas olímpicas, terá que não só subir duas vezes no pódio agora como repetir o feito em 2024.
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“Minha meta sempre foi essa. Os treinamentos foram muito duros desde 2016 pra cá. Eu não ia ficar me torturando todos os dias na água se não tivesse um objetivo. Quero ganhar essas medalhas olímpicas e conquistar mais títulos. A pandemia, que cancelou competições, me atrapalhou um pouco, mas meu objetivo é bater o (César) Cielo que tem 19 medalhas em Mundiais e eu tenho 12. Não penso em sair daqui de Tóquio se não for com duas medalhas no pescoço”, garante.
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No C-1 1000 m, Isaquias Queiroz chega como um dos favoritos, já que é o atual campeão mundial. Mas, para a prova do C-2 100 m, o canoísta perdeu o companheiro Erlon de Souza, que, machucado, foi cortado dos Jogos Olímpicos. Em seu lugar, entrou Jacky Godmann, de apenas 22 anos, e que vai disputar sua primeira Olimpíada.
Juntos, Isaquias Queiroz e Jacky Godmann conquistaram a medalha de bronze na etapa de Szeged da Copa do Mundo de canoagem velocidade, disputada em maio. “Foi uma competição de nível muito alto. Só não estavam os barcos da China, que é campeã mundial, e da Rússia. Chegamos como patinho feito, mas a gente se encaixou b em no barco. Treinamos bem no Brasil para fazer uma boa prova e acredito que vamos brigar pelo ouro”, aposta Isaquias. “Conseguimos evoluir bastante nos últimos dois meses. Se o Erlon tem mais força e resistência, o Jacky tem mais qualidade de remada. Estamos confiantes. Mantemos o pé no chão, mas o treinamento que a gente fez faz eu ter a expectativa de sair com mais uma medalha”.