Tóquio – As ginastas Flávia Saraiva e Rebeca Andrade já começaram a ter os primeiros contatos com os quatro aparelhos – trave, solo, salto e barras assiméticas – da competição dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Os primeiros treinos foram realizados no ginásio de treinamento, na manhã brasileira, ou noite japonesa, de segunda-feira (19). As atletas ainda estão se acostumando ao fuso horário local, e os primeiros exercícios ajudaram no processo de adaptação.
“Foi um dia mais para mexer o corpo, pois ficamos dois dias sem treinar. Vimos como são os aparelhos para nos prepararmos para os próximos treinos. Estou muito animada para a disputa de mais uma edição dos Jogos Olímpicos”, disse Flávia, que disputa o evento esportivo pela segunda vez. Rebeca, que garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos em junho, afirmou que tanto ela quanto sua compatriota se sentiram bem nos aparelhos durante os treinos. “Passamos por todos de forma tranquila e isso é importante porque todos são novos. A aclimatação que fizemos em Doha foi muito boa para chegarmos bem aqui”.
As disputas da ginástica artística feminina começam no domingo (25), com o qualificatório a partir das 8h20 pelo horário de Brasília. Um total de 24 atletas se classificam para a final do individual geral, marcada para o dia 29, às 7h50. Há, ainda, a final por aparelhos, onde participam as oito melhores de cada. Essas últimas fecham a competição, começando no dia 1º e terminando no dia 3 (confira guia completo da ginástica).
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Torcida e empatia
Rebeca Andrade chegou na Olimpíada após muitas dificuldades impostas por lesões. Nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, ela se classificou para a final do individual geral com a 3ª melhor nota e terminou com a 11º colocação. Depois, perdeu os Mundiais de 2017 e 2019 por conta de contusões, sendo que a última a levou para a mesa de cirurgia para a reconstrução do ligamento do joelho. Chegou para competir em Tóquio aproveitando a última oportunidade de classificação, vencendo o Campeonato Pan-Americano disputado mês passado no Rio de Janeiro. Flávia Saraiva conseguiu a classificação olímpica no Mundial de 2019.
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“Foi muito incrível e emocionante! Eu fico até arrepiada porque a gente é uma família. Eu vi o quanto ela treinou, o quanto ela batalhou, o quanto ela lutou para voltar da cirurgia. Ela é a minha inspiração dentro do ginásio. Ela tem força, ela tem luz, ela tem garra… A gente trabalha muito, treina muito duro porque a gente quer mostrar que a gente é capaz. E ela mostrou muito isso. Ela tinha uma chance e aproveitou a única chance que ela tinha”, elogia Flávia, quinta colocada na trave na Rio-2016, também única Olimpíada dela até agora.