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Tóquio 2020

O amadurecimento de Hugo Calderano e Bruna Takahashi no tênis de mesa

Mais experientes, fisicamente e mentalmente mais fortes, mesatenistas chegam em outro patamar para os Jogos Olímpicos

bruno takahashi hugo calderano tóquio tênis de mesa

O ciclo olímpico entre Jogos Olímpicos é crucial no crescimento e desenvolvimento dos atletas. Bruna Takahashi e Hugo Calderano eram pessoas e atletas muito diferentes do que eles são agora, perto de disputarem a segunda olimpíada, cinco anos após competirem na Rio-2016, com muita mais bagagem e um tênis de mesa mais sólido para Tóquio 2020.

Os dois principais atletas do tênis de mesa brasileiro participaram de uma coletiva organizada pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) e falaram sobre a mudança pela qual passaram nos cinco anos entre os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro até Tóquio.

“Na Rio-216 eu só joguei por equipes, peguei a China pela frente e não tive chances. No Japão, já sei como jogar uma olimpíada, estou bem mais preparada”, comentou Bruna Takahashi, atual 47ª do ranking mundial. E o mesmo acontece com Hugo Calderano, atual número 6 do ranking mundial.

“Mudou muita coisa. Em 2016, eu não tinha muita expectativa, era 50 e pouco no ranking, mas eu não estava na briga por medalhas. Agora estou mais forte e maduro, no top 10 há muito tempo, o foco e o objetivo são diferentes”, completou Calderano.

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Seleção de tênis de mesa
Calderano é o principal jogador brasileiro no tênis de mesa (Divulgação)

Adaptação

Só que o ciclo para Tóquio 2020 foi bem diferente. Uma pandemia atrasou em um ano os Jogos Olímpicos e bagunçou o calendário do esporte ao redor do mundo. O jeito foi aproveitar a parada e tirar o melhor possível do momento inesperado e nada agradável.

“Eu estava jogando em Portugal, pelo Sporting, mas fui para o Brasil há uns dois meses atrás treinar com o Paco também, focar nos detalhes, não tem muito o que melhorar, agora é ajustar. Mas esse período me fez sentir mais confiante, perto do técnico, que fez muita falta em Portugal. Outra coisa, consegui recuperar as energias e também fiquei um tempo com a família”, relatou Bruna Takahashi.

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Por sua vez, Hugo Calderano passou todo o período da pandemia na Alemanha e lidou com altos e baixos. “Eu treinei bastante na Alemanha, não tivemos um lockdown tão severo, mas sem competição eu treinei. Tive um volume de treino bem grande, fisicamente e tecnicamente evoluí. Mas na últimas competições, não tive bons resultados, passei por uma fase um pouco mais difícil, só que consegui recuperar a confiança para Tóquio”.

Tecnicalidades

Francisco ‘Paco’ Arado é o treinador da equipe masculina de tênis de mesa e técnico de Bruna Takahashi. Ele falou um pouco sobre como os brasileiros estão se preparando para a estreia em Tóquio. “Todo treinamento já foi feito. Agora é hora de pequenos ajustes e de se adaptar o mais rápido possível. Fizemos viagens longas e cansativas, cumprimos todos os protocolos, e estamos nos recuperando até cada jogador se sentir bem”.

BRUNa takahashi sporting vice-campeã da taça de portugal de tênis de mesa
Atuando pelo Sporting, de Portugal, Bruna Takahashi cresceu muito em desempenho (Divulgação)

Paco também falou sobre a diferença de bolinha e mesa que os atletas brasileiros terão pela frente em Tóquio. “Os jogadores estão prontos, isso é uma característica que diferencia os grandes jogadores, não teremos problemas com isso”, disse o treinador.

Hugo Calderano e Bruna Takahashi já tiveram contato com o material de Tóquio. “Desde de janeiro de 2020, eu venho treinando com a mesa e a bolinha, isso não será nenhum problema”, confirmou Calderano. Takahashi também conseguiu treinar ainda no Brasil. “Eu tive contato com um material parecido no CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e deu para se acostumar com o ambiente e os materiais da olimpíada”.

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