Tóquio – Por conta das restrições causadas pela pandemia, os Jogos Olímpicos de Tóquio serão únicos em vários sentidos. São várias as regras e proibições que tornam a vida na Vila Olímpica completamente diferente do que a de outras edições. Além dos testes de Covid-19 diários, os atletas brasileiros são orientados a não circular pelos prédios, a evitar contato com outras delegações e a redobrar os cuidados na hora de se alimentar no refeitório. Mas uma coisa também será novidade pelo lado positivo. É muito provável que, ao dar uma volta pelo local, dar de cara com algum skatista fazendo manobras com seu instrumento de trabalho. Campeã mundial de skate street em 2019, Pamela Rosa promete ser uma delas.
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“Meu skate está comigo no meu quarto. Só vai sair comigo para fazer uma baguncinha na Vila. A gente já avisou a nossa Confederação (Brasileira de Skate – CBSK) que não tem como a gente ficar sem andar de skate. Embaixo do nosso prédio tem um estacionamento, que a gente já viu que dá para andar. Vai ser algo que a gente não vai conseguir ficar parado”, avisou a Pamela Rosa, que vai competir apenas daqui a oito dias e a pista só será aberta para treinamento na quarta-feira. “Não vai dar para esperar até lá”, brincou.
Em Tóquio, será a primeira vez do skate no programa dos Jogos Olímpicos. Pamela Rosa desembarcou no Japão na noite anterior e está vivendo suas primeiras horas de Vila Olímpica. No primeiro dia, após acordar, participou de uma reunião para tomar conhecimento de toda a estrutura à disposição dos atletas e almoçou antes de descer para a zona mista, onde os jornalistas a esperavam para a entrevista. No caminho, encontrou justamente quem ela queria.
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“Eu queria ter um momento para encontrar o povo da ginástica e foi perfeito. Tudo se encaixou. Vim conversando com o (Arthur) Nory e com o Chico (Francisco Barretto). São meus colegas de Olimpíada agora. Fui muito bem recebida por eles. É algo inacreditável eu aprender com eles e ensinar eles. Então está sendo muito bom tudo isso porque é algo que eles já viveram e é a minha primeira vez. Estou me sentindo muito bem confortada”, afirmou a skatista.
Apesar de estar encantada por seus primeiros momentos de Vila Olímpica, Pamela Rosa garante estar esperta sobre os riscos que as ilusões do local podem trazer. “Quero aproveitar todos os momentos, mas ter meu foco, não me emocionar com o local e sim aproveitar o que pode ser melhor para mim. Não deixo nada abalar meu emocional e, sim, colocar uma pressão em mim. Eu sou uma pessoa que quanto mais pressão, é melhor”, finalizou.
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