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Tóquio 2020

Carol Kumahara chega confiante para sua terceira Olimpíada

Mais experiente, a atleta passou por momentos difíceis, voltou a jogar em alto nível e participa de terceira edição olímpica

(André Soares/CBTM)

Se adaptar e se transformar em diferentes momentos já faz parte da vida de Carol Kumahara. A atleta vai a Tóquio para sua terceira Olimpíada em um ambiente totalmente distinto do que experimentou nas duas primeiras. Sua bagagem também já não é mais a mesma: após passar por um momento de declínio na carreira, a mesa-tenista soube voltar ao ritmo de alto nível e disputar, na última temporada, duas ligas europeias ao mesmo tempo.

O primeiro grande desafio não estava nos planos, mas foi uma grata surpresa: aos 16 anos, Carol disputou seu primeiro Pré-Olímpico sem grandes pretensões. Graças aos seus treinamentos, garantiu a classificação e foi a Londres representar o Brasil nos Jogos de 2012.

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“Aconteceu muita coisa na minha carreira de 2012 para cá. Em Londres, eu não tinha pretensão nenhuma de classificação, só tinha 16 anos, era meu primeiro Pré-Olímpico. Não estava na minha cabeça classificar. Mas foi resultado de muito trabalho, meu e da minha equipe técnica. Aconteceu e mudou o rumo da minha carreira em termos de investimento, foi muito importante”, relembra a atleta.

No ciclo seguinte, um novo cenário se construía. Para ela, a Olimpíada do Rio, em 2016, tinha um grande peso: não só por ser sua segunda participação, mesmo aos 21 anos, mas por jogar em seu país. “Viemos jogar uma Olimpíada em casa. Eu já tinha o grande objetivo de classificar, tinha uma pressão bem grande. Senti uma certa obrigação de conseguir aquele objetivo”, contou Carol.

Kumahara Olimpíada Tóquio
Caroline Kumahara disputa a sua terceira olimpíada em Tóquio (Foto: ITTF)

Sua capacidade de adaptação foi colocada à prova novamente em 2020. Depois voltar a fazer “bons jogos, com boas vitórias” em 2019, Carol Kumahara passou a morar fora do Brasil, vivendo na Espanha e jogando em dois clubes ao mesmo tempo: no Tecnigen Linares, da Superdivisão Espanhola; e no Tennistavolo Norbello, da Serie A1, na Itália. No total, foram sete meses de aprendizado e amadurecimento, mas também de bastante dedicação.

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Mas se por um lado a rotina de viagens, treinos e jogos era cansativa, por outro também obrigou Carol a se preparar em alta intensidade. Como nos outros momentos de sua trajetória, a adaptação fez o jogo virar a seu favor.

“Jogando liga você fica sem alternativa, precisa pegar ritmo de jogo. Isso é uma coisa bem positiva. Apesar de a liga ter sido mais curta por causa da pandemia, a gente teve bastantes jogos. É adaptar o tempo inteiro, um jogo atrás do outro”, afirma.

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A atleta está com a delegação brasileira em Hamamatsu, no Japão. Depois das diferentes sensações nos últimos três ciclos olímpicos, o sentimento de Carol Kumahara, faltando poucos dias para os Jogos, é de confiança. “Me sinto bem. Desde 2019 tenho feito bons jogos, com boas vitórias. Chego bem confiante para essa Olimpíada em Tóquio”, finaliza a atleta.

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