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Tóquio 2020

Reta final de preparação de Ana Marcela tem treino na altitude

Brasileira da maratona aquática busca em Tóquio a medalha que falta para completar a coleção que já tem nada menos do que 12 pódios em Campeonatos Mundiais

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Ana Marcela tem 12 medalhas em Campeonatos Mundiais (divulgação)

Tóquio – Uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil, Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, está em fase final de preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Os últimos ajustes estão sendo realizados na Espanha e incluem treinamento na altitude da cidade de Sierra Nevada, localizada a quase 3,8 mil metros acima do nível do mar. De lá, a baiana parte para o Japão focada em acrescentar o ouro olímpico em sua já gloriosa coleção de medalhas.

“Estou aqui na Europa nessa fase final de treinamento visando o evento de Tóquio que começa em breve. Aqui a gente está em altitude e aproveitando o máximo possível, estamos treinando todos os dias, pela manhã e pela tarde. Temos folga apenas meio dia durante a semana toda”, disse Ana Marcela Cunha, atleta do Time Nissan e do Time Ajinomoto. “As expectativas (para os Jogos) são as melhores possíveis. Foco no nosso maior objetivo que é a medalha. É o meu sonho, a única medalha que ainda não ganhei. Eu vou atrás disso”, acrescentou. A baiana de Salvador acumula 12 medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo 5 ouros, 2 pratas e 5 bronzes.

Ganho de condicionamento

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Cidade é tão alta, que tem paisagens bem geladas mesmo ficando perto do Mar Mediterraneo (wikimedia)

O técnico Fernando Possenti explica que “o objetivo de treino na altitude para qualquer atleta de endurance é adaptação do corpo, fazer o difícil para depois ficar fácil. O atleta tem uma melhora fisiológica muito boa, os níveis de hemoglobina, hematócrito sofrem algumas adaptações que favorecem o transporte de oxigênio. Treinar na altura dá um ganho de condicionamento”, explica, de maneira resumida. “Esperamos que ela chegue muito bem preparada para competir no momento certo”, diz, acrescentando que os benefícios desse tipo de treino perduram de seis a oito semanas. “É mais do que suficiente não só para os Jogos Olímpicos, como para o pós Jogos também”.

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Possenti ressalta que o período na Espanha não envolve somente o treino em altitude. “A preparação envolve muitos outros fatores, é como um todo”. Eles chegaram no dia 28 de julho para disputar o campeonato espanhol e, depois, foram para os treinos em Sierra Nevada. De lá vão passar uma semana na cidade espanhola de Calella, já no nível do mar, antes de seguir para Tóquio. “(A Espanha) é um país com acesso a bons locais de treinamento”, diz Fernando Possenti. O embarque para o Japão está marcado para 29 de julho, cinco dias antes do grande dia. A maratona aquática feminina dos Jogos Olímpicos será às 18h30 do dia 3 de agosto, pelo horário de Brasília, no Odaiba Marine Park.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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