Tóquio – A seleção masculina de vôlei embarcou no domingo (11) para Tóquio com destino aos Jogos Olímpicos. No comando, o técnico Renan Dal Zotto, que precisou superar não apenas a Covid-19 como também um período intenso de recuperação da doença. No aeroporto, ele garantiu estar pronto para liderar a equipe que tenta o bicampeonato e a quarta medalha de ouro. Segundo ele, porém, não foi fácil e exigiu toda sua bagagem como atleta para superar.
“Eu tive de passar por uma experiência que eu não lembrava mais como é que era. Treinar duas vezes por dia, para chegar neste momento em condições. Foi bastante intenso, duro, mas valeu a pena cada minuto na academia, na fisioterapia. Eu me sinto super apto a estar à beira da quadra, comandando essa garotada sensacional e podendo ter tempo para estudar, para trabalhar. Valeu muito a pena essa parte de empenho dentro da recuperação”, disse o treinador, parte da geração de prata que fez história nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984.
Covid, UTI, intubação e cirurgia
O comandante da equipe masculina do Brasil foi internado com Covid-19 em meados de abril só deixou o hospital após 36 dias, boa parte deles intubado dentro da UTI. Teve, também, de passar por uma cirurgia vascular devido a uma trombose arterial aguda. “Consegui recuperar quase minha plenitude e tô muito empolgado”, acrescentou Renan Dal Zotto. Por conta da convalescença, não esteve com a seleção brasileira na conquista do título inédito da Liga das Nações. O time foi dirigido pelo auxiliar Carlos Schwanke.
Agora, volta para o que entende ser o momento mais importante de sua passagem como treinador da seleção. Ele assumiu em 2017. “Jogos Olímpicos são sempre muito especiais, né? Sem dúvida nenhuma é a principal competição dentro do calendário esportivo de um quadriênio e chegou o grande momento. Esse quadriênio, na verdade, foram cinco anos de preparação, então há uma expectativa muito grande para a gente chegar em Tóquio e conseguir dar o nosso melhor”, afirmou. “O Brasil é sempre percebido como uma das principais forças do voleibol mundial, nós temos que chegar lá, então, realmente muito bem. A galera tá bem, a gente conseguiu treinar bem nas últimas duas semanas, então tenho certeza que o nosso melhor a gente vai conseguir entregar.”
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Estreia contra a Tunísia
A seleção masculina de vôlei estreia na Olimpíada em 23 de julho, às 23h05 (horário de Brasília), contra a Tunísia. O time integra do grupo B, que tem, ainda Estados Unidos, França Argentina e Rússia. Os quatro melhores passam para as quartas de final. O Brasil esteve nas últimas três finais, em Pequim-2008, Londres-2012 e na Rio-2016, vencendo no Brasil. O primeiro ouro veio em Barcelona-1992 e o segundo, em Atenas-2004.