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A 100 dias da Paralimpíada, Brasil já tem 178 atletas classificados

Brasil já tem 178 dos 230 atletas previstos classificados para disputar a Paralimpíada de Tóquio, que vai acontecer de 24 de agosto a 5 de setembro

100 dias para a Paralimpíada

Para a Paralimpíada, de 24 de agosto a 5 de setembro, a estimativa é de que a delegação brasileira seja composta por 230 atletas, sendo 150 homens e 80 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa. E, neste domingo, 16, quando celebra-se o marco de 100 dias restantes para o megaevento, o país já atingiu 77% do seu objetivo, com 178 atletas de 14 modalidades garantidos até o momento. As últimas três confirmações vieram no sábado, 15, com a canoagem.

A expectativa é que o maior quantitativo de atletas seja no atletismo com até 54 atletas. De acordo com os critérios de convocação do CPB, os campeões mundiais de 2019 estão garantidos. Ao todo, 13 atletas conquistaram a medalha de ouro no Mundial de Dubai. São eles: Alessandro Rodrigo (F11), Claudiney Batista (F56), Cícero Nobre (F57), Elizabeth Gomes (F52), João Vitor Teixeira (F37), Thiago Paulino (F57) nas provas de campo e Daniel Martins (T20), Jerusa Geber (T11), Júlio César Agripino (T11), Lucas Prado (T11), Petrúcio Ferreira (T47), Rayane Soares (T13), Thalita Simplício (T11) nas pistas. 

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A natação deverá ser a segunda modalidade com o maior número de representantes com até 35 nadadores. Também de acordo com os critérios do CPB, os campões mundiais no Mundial de Londres em 2019 comporão a equipe. São eles: Daniel Dias (S5), Edênia Garcia (S3), Wendell Belarmino (S11) e Carol Santiago (S12).   

No mês de junho, atletas das duas modalidades terão a fase de treinamento seletivo, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para que as demais vagas sejam preenchidas. Confira aqui os critérios de participação das fases de treino seletivas e critérios de convocação para os Jogos de Tóquio.

Além disso, dez mesa-tenistas já estavam classificados nominalmente: Bruna Alexandre (classe 10), Cátia Oliveira (2), Lethícia Lacerda (8), Israel Stroh (7), Welder Knaf (3) Joyce Oliveira (4), Danielle Rauen (9), Paulo Salmin (7), Luiz Manara (8) e Carlos Carbinatti (10).   

A Paralimpíada marcará a estreia de duas modalidades: parabadminton e parataekwondo. Nesta última, o Brasil possui vaga para três atletas, porém, ainda com os nomes sendo definidos em lista de convocação a ser divulgada nos próximos meses.

No mês de março, durante o Pan-Americano de tiro com arco, o Brasil assegurou mais quatro representantes para o maior evento paradesportivo do mundo na capital japonesa. Em 2019, no Mundial da Holanda, Jane Karla garantiu a primeira classificação brasileira no tiro com arco. Ao todo, a modalidade terá cinco representantes.   

A Seleção Brasileira de futebol de 5 foi a primeira a carimbar o passaporte, em junho de 2018, na Espanha, ao tornar-se campeã mundial pela quinta vez. Dez atletas buscarão o pentacampeonato paralímpico em Tóquio.   

O goalball contará com 12 representantes, sendo seis na equipe feminina e seis na masculina. A classificação brasileira veio no Mundial da Suécia de 2018. Na ocasião, o time masculino foi campeão mundial e o feminino ficou com o bronze.    

Até o momento, o ciclismo contará com a participação de dois atletas na Paralimpíada. Já a canoagem, possuía quatro representantes garantidos nas provas VL2 masculino e feminino, VL3 masculino e KL2 masculino. No sábado, 15, com o encerramento da Copa do Mundo em Szeged na Hungria, outros três canoístas garantiram a participação na capital japonesa nas provas KL3 masculino, KL3 e KL1 feminino. No remo, o país tem três atletas classificados, sendo uma dupla (PR2 mix double) e um na prova PR1 masculino.   

O hipismo, por sua vez, contará com dois cavaleiros no Japão. Atualmente, o tiro esportivo tem apenas um atleta classificado, Alexandre Galgani, de acordo com os critérios do CPB enquanto confederação da modalidade, e o Brasil poderá chegar a três representantes.    

Dez atletas competirão na Paralimpíada pela bocha, modalidade em que o Brasil já está classificado para as disputas de equipe BC1/BC2 (com quatro atletas), pares BC3 e pares BC4 com três atletas cada, sendo obrigatória a participação de ao menos uma mulher em cada formação. 

O Brasil ainda aguarda definições no halterofilismo, judô, parabadminton tênis em cadeira de rodas e triatlo. Atualmente, o Brasil possui atletas nas dez primeiras posições nos rankings mundiais nessas modalidades e o período de classificação finda-se ainda neste primeiro semestre.   

Além destes casos, a esgrima em cadeira de rodas aguarda a confirmação do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) de atletas classificados pelo ranking, encerrado em abril.   

Vale ressaltar que todos os atletas aguardam a convocação oficial que está prevista para os meses de junho e julho.   

O basquete e o rúgbi em cadeira de rodas são as únicas modalidades que o Brasil não está classificado para os Jogos Paralímpicos de Tóquio.   

Em seu Planejamento Estratégico, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu como meta manter-se entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. O objetivo para Tóquio 2020 é ficar no top 10 no quadro geral de medalhas.  

Na Paralimpíada Rio 2016, o Brasil arrecadou 72 medalhas no total: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. O resultado, com o maior número de láureas já conquistadas pelo país em uma edição dos Jogos, deixou a delegação brasileira na oitava colocação no quadro geral de medalhas.    

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