O Governo Brasileiro confirmou a vacinação da delegação brasileira que vai ao Japão para a Olimpíada e Paralimpíada de Tóquio-2020. As vacinas serão concedidas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e não vão sair, então, das doses obtidas pelo Governo Federal para vacinar a população. Além disso, para cada dose cedida à delegação do Brasil, o COI vai doar outras duas ao SUS para imunizar os brasileiros.
Assim, cerca de 1800 pessoas serão vacinadas, entre atletas, comissões técnicas e jornalistas, que entrarão no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI). Ao todo, serão 4.080 vacinas da Pfizer e 8 mil da Sinovac. A vacinação começa em 14 de maio e será realizada em seis capitais: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O prazo-limite para a aplicação da segunda dose a todos os integrantes é 21 de junho, 15 dias antes do primeiro embarque para o Japão e 33 da abertura da Olimpíada.
No início de março, o presidente do COI, Thomas Bach, informou que a China havia oferecido vacinas a todos os atletas e oficiais participantes dos Jogos de Tóquio e Pequim-2022. Segundo a entidade, as doses serão disponibilizadas através de colaboração com parceiros internacionais ou direto nos países onde já há acordos com o governo chinês.
+Mesmo vacinados, atletas dos Jogos Tóquio-2020 serão testados diariamente
A decisão do governo foi anunciada em coletiva de imprensa nesta terça-feira (11), com participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ministro da Cidadania, João Roma, o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, o Diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro Isaias Carvalho e Marco Antônio La Porta, vice-presidente do COB.
“A prática de esportes é algo que tem um benefício global para a saúde, e os Jogos Olímpicos são a festa mundial dos esportes. Nós vamos vacinar os nossos atletas e comissões técnicas para garantir que esses eles possam desempenhar muito bem nos Jogos de Tóquio. Vamos fazer essa iniciativa com o apoio de farmacêuticas que doarão doses, de forma que não vai desfalcar o PNI”, afirmou Marcelo Queiroga.
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“É um momento muito importante, diante de uma missão que estamos enfrentando e encarando como a mais desafiadora que o COB já passou. Nós, desde o início, passamos a mensagem de que avançaríamos nessa ação desde que houvesse benefício para o atleta e para a população. Então a gente visualizou que [a doação do COI] é muito importante, porque traria tranquilidade para o atleta fazer o seu trabalho e chegar nos Jogos em condições de bem representar o nosso país”, completou La Porta.
Assim, o Brasil se junta a outros países que também estão fazendo a vacinação de seus atletas que irão a Tóquio-2020. É o caso, por exemplo, da Austrália, que iniciou a imunização de sua delegação nesta terça-feira (11). O COI, no entanto, já afirmou publicamente que as vacinas não serão obrigatórias para os atletas disputarem os Jogos.