O técnico da seleção brasileira de vôlei feminino, José Roberto Guimarães, participou na noite de terça-feira de uma live com a jornalista Glenda Koslowski e com a ex-jogadora Virna. No papo, o treinador rasgou elogios à levantadora Macris e apontou quatro países, que estão à frente do Brasil, como grandes favoritos à medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
“Não somos a melhor seleção do mundo, mas vamos brigar. China, Sérvia, Estados Unidos e Itália estão à frente. Essas são as candidatas. Depois, no bolo, vem o Brasil e eu não descartaria a Rússia, que vem com um time mais novo”, afirmou o treinador, que acrescentou:
“Sobre o ouro, Acho que os Estados Unidos estão batendo na trave há muitos anos. O Kiraly (Karch Kiraly, técnico da Seleção norte-americana) está de olho numa medalha de ouro e ele está fazendo um bom trabalho. A China tem a Zhu, a Itália a Egonu e a Sérvia a Bosko. São jogadoras que fazem a diferença, principalmente se os times conseguirem levar o jogo até o tie-braek, quando elas ficam mais exuberantes e recebem 70% das bolas”.
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Outro assunto tocado na live foi a disputa entre as levantadoras Macris, Roberta e Dani Lins. José Roberto Guimarães se alongou um pouco mais quando falou a respeito da jogadora do Minas Tênis Clube, eleita a melhor da posição nas últimas duas edições da Superliga.
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“De vez em quando eu ouço: “Ah, o Zé Roberto não gosta da Macris”. Eu adoro a Macris. O ângulo, o gesto, a velocidade… O que eu achava que ela tinha de melhorar, ela melhorou: o fato de chorar quando tomava bronca, de não aguentar a pressão em algumas situações… Hoje ela é outra jogadora. Ela tem maturidade. Cresceu demais em todos esses anos, em todos os campeonatos que disputou pelo clube e pela Seleção. Isso faz parte do crescimento de todas as jogadoras, mas sempre tem uma conversinha. Ela se tornou uma grande levantadora, gosta de treinar, tem atitudes bacanas, ela tem tudo de uma grande levantadora, das melhores que a gente conheceu”, elogiou o treinador, que foi levantador quando era jogador e costuma pegar no pé das atletas da posição.
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“Sou exigente porque elas precisam estar bem, saber o que fazer em cada bola, precisam saber o tempo, a altura, a bola de cada atacante. Isso é treinamento e dedicação. Primeiro é o gesto, depois a distribuição do jogo. Tem muita coisa associada. Nós precisamos cobrar, porque senão o resultado final não vai ser legal. Elas sabem que vão ser cobradas. Precisa de muita coisa para tocar uma Seleção Brasileira. Não é fácil. É uma carga emocional muito grande. Eu pego no pé porque a Macris tem 1,78m, sabe que eu gosto de defesa. Tem de defender, tem de ter posicionamento, ver o ângulo da bola, o tempo inteiro a gente vai cobrar, mas cobra para o bem, para que ela seja cada vez melhor. Nosso time não é alto, tem de defender bem, bloquear… Tem de ao menos tocar nas bolas e contra-atacar com velocidade. Esse é o voleibol brasileiro. Ela está bem, assim como a Dani melhorou e a Roberta também. Elas estão correndo muito. Tem de dedicar”, completou o treinador tricampeão olímpico.